Os filmes sempre têm algo em comum. Dramas familiares, disputas entre irmãos, violência doméstica, drogas, álcool, superação, sucesso, amor... o que torna um filme especial, com um diferencial a mais é a maneira como essa história é contada. É quando entra o diferencial no trabalho do diretor, da direção de fotografia, da edição entre outros detalhes que tornam um filme memorável. Warrior foi uma surpresa e um excelente exemplo. Um filme que tem na capa dois lutadores de MMA não parecia que iria inovar. A partir de um drama familiar é construída uma história que traz elementos do dia a dia. Álcool, um irmão que vai para a guerra e lá encontra o companheirismo e também a desilusão com o próprio país, o outro que batalha em um emprego comum para conseguir pagar as prestações da casa e sustentar sua família, e um pai alcoólatra que tenta se redimir de uma vida de violência doméstica procurando apoio para sua superação na igreja. Logo no início são apresentadas as histórias do dois irmãos, a do caçula que volta para treinar com esse pai e o mais velho que luta em torneios pequenos para conseguir juntar um adicional a sua renda. Ambos acabam tendo como objetivo comum vencer o torneio Sparta. Os irmãos não se falam há 14 anos, desde que o mais novo e a mãe foram embora fugindo da violência do lar. O mais velho preferiu ficar pela namorada e também para tentar aproximar-se do pai que dedicava seu tempo livre treinando o caçula. O filme atingi o ápice com o confronto dos dois irmãos nesse campeonato. Lá, eles deixarão os sentimentos se manifestarem. Enquanto Brendan é comedido em todas as suas lutas, Tommy luta com um ímpeto e soltando toda a sua agressividade e raiva contida. A redenção vem pelo pedido de perdão quando só assim a disputa é encerrada. Excelente edição, direção de fotografia. Não há sangue nas lutas, o que há é o trabalho de uma edição competente que prioriza na cena o que mais importante para o desenvolver a cena.
trama dos irmãos foi bem delicada, um irmão abandonar a mãe e o irmão mais novo por causa de uma mulher e um pai alcoólatra, não merecia ser o mocinho... Filme contagiante, mas preferia o fim com Tony vencendo o torneio e ajudando a mulher de seu amigo.
Que coisa linda!! É um drama esportivo que equilibra com maestria cenas de luta intensas e uma trama emocionante. O filme aborda muito bem temas profundos como trauma, arrependimento e redenção. Se destaca por suas cenas de luta emocionantes e pesadas somadas ao drama familiar. Contudo a trama é previsível, o que não atrapalha em nada, já que todo o clichê do filme é muito bem construído, dando a sensação de que não existiria outro final. Apesar das lutas serem muito bem coreografadas, o filme peca por não ter planos sequencias longos e abertos para cenas de luta, optando por cenas fechadas e com vários cortes. Outro ponto fraco do filme são os personagens secundários que são fracos e mau aproveitados Apesar das poucas falhas, é um filme cativante, tanto pelos combates, quanto pela carga emocional imposta pelo enredo e pelas atuações dos irmãos e do pai, deixando uma marca pesada e duradoura no espectador.
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