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    Rei Arthur: Conheça a lenda e relembre representações do personagem nos cinemas

    Com Charlie Hunnam no papel principal, Rei Arthur - A Lenda da Espada está prestes a chegar aos cinemas.

    A Espada era A Lei (1963)

    Produzida pela Disney, a animação mais famosa relacionada às lendas arturianas é baseada no livro A Espada na Pedra, publicado em 1938 por T. H. White. O recorte da trama dá ênfase num Arthur ainda garoto, quando ele sequer desconfia que está predestinado a ser um grande líder, e mostra como o caminho do personagem, ainda adolescente, irá levá-lo até a Excalibur.

    Merlin assume aqui uma figura central, praticamente paterna. Como o filme tem crianças como público alvo, a postura do mago com seu pupilo é sempre de enaltecer o valor da educação. Por mais que a espada, que simboliza o poder e belicismo, seja o McGuffin do enredo, a mensagem do filme foca em mostrar como a inteligência deve superar a força bruta.

    Repleto de momentos musicais — é difícil tirar "Hockety pockety wockety wack" da cabeça — o filme beira o surrealismo ao tranformar Arthur em peixe, esquilo e pássaro através dos feitiços didáticos de Merlin.

    Excalibur (1981)

    Maior realização de John Boorman como diretor, Excalibur tem uma estética tipicamente oitentista, uma fotografia inesquecível e é um dos maiores clássicos sobre a lenda já feitos. Boorman se baseia no romance Le Morte d'Arthur, de Thomas Malory, para apresentar ao público um épico que consegue explorar bem a sensualidade e a violência inerentes à lenda arturiana.

    No início, o filme começa com a espada Excalibur em posse do rei Uther Pendragon. Ferido em combate, o monarca enterra a arma em uma pedra e deixa a Inglaterra sem rei até ela ser encontrada por seu filho bastardo, Arthur. Merlin acompanha todo o processo e também se torna o principal conselheiro de Arthur, que precisa se defender da cobiça de sua meia-irmã, Morgana. 

    Um dos elementos que mais chama a atenção no elenco é a presença de diversos atores que alcançariam o sucesso nos anos seguintes, como Helen Mirren (Morgana), Liam Neeson (Gawain), Patrick Stewart (Leodegrance), Gabriel Byrne (Uther Pendragon) e Ciarán Hinds (Lot).

    Monty Python em Busca do Cálice Sagrado (1975)

    Apenas a trupe que melhor sintetiza o humor inglês moderno poderia criar a sátira definitva da lenda que é um dos mitos fundadores da Grã-Bretanha e foi isso que a turma de Monty Python conseguiu no clássico filme de 1975, que posteriormente passou a ser considerado pela crítica como uma das melhores comédias do cinema em todos os tempos.

    Terry Gilliam e Terry Jones dirigem o filme que conta com um baixo orçamento que mostrou ser mais um ótimo efeito cômico do que uma deficiência. Muitas são as piadas antológicas, que começam já nos créditos iniciais, mas é impossível não lembrar do confronto entre o Rei Arthur e o Cavaleiro Negro e o ataque do coelho assassino. 

    Enquanto mostra a jornada do líder para reunir cavaleiros para a encontrarem o Santo Graal, Monty Python em Busca do Cálice Sagrado descontrói o mito arturiano com sagacidade ao custo de boas risadas.

    Rei Arthur (2004)

    A magia pode parecer um elemento indissociável das história de Arthur, mas o diretor Antoine Fuqua trouxe uma proposta diferente para seu longa-metragem que mescla os gêneros de ação e aventura: Removeu a fantasia da equação.

    Sem elementos místicos (apesar de Merlin aparecer no filme) e com mais contextualização histórica, Rei Arthur traz Clive Owen no papel de Artorius Castus, um cavaleiro romano nascido na Bretanha que é um cristão devoto e toma para si a missão de liderar a ilha contra ameaças após a queda do Império Romano no ocidente.

    Um dos principais destaques do filme é o visual e a personalidade de Guinevere, agora uma corajosa guerreira interpretada por Keira Knightley.

    Lancelot - O Primeiro Cavaleiro (1995)

    Jerry Zucker, que cinco anos antes do lançamento deste filme dirigiu Ghost: Do Outro Lado da Vida, apresenta em First Knight (título original) um enfoque no triângulo amoroso formado pelo Rei Arthur, interpretado por Sean Connery, uma Guinevere às vésperas do casamento com o monarca vivida por Julia Ormond e o cavaleiro Lancelot encarnado por Richard Gere.

    Com uma trama sem elementos de fantasia e misticismo, o dá uma forte ênfase ao tema da lealdade (e suas tentações) ao mostrar um Arthur idoso alvo da conspiração de Malagant, um dos Cavaleiros da Távola Redonda que deseja assumir o poder. Gere incorpora um Lancelot charmoso que têm dificuldades de lidar com seus sentimentos por Guinevere enquanto tenta manter a fidelidade que jurou ao rei.

    Outras produções notáveis:

    Quem se interessa pela temática também não pode deixar de assistir Lancelot do Lago (1974), de Robert Bresson, que foca mais em Lancelot e o mostra como uma figura heróica; o musical Camelot (1967), que traz Richard Harris como Arthur décadas antes do ator interpretar Albus Dumbledore em Harry Potter e a Pedra Filosofal; e Os Cavaleiros da Távola Redonda (1953), uma adaptação clássica da lenda para os cinemas que traz Ava Gardner como uma das Guineveres mais estonteantes que o cinema já viu.

    Com enfoques diferentes dos habituais, outras duas minisséries para a TV adaptaram muito bem as lendas, como Merlin (1998), com ênfase na relação entre Merlin e a Rainha Mab, e As Brumas de Avalon (2001), baseado na série de livros homônima escrita por Marion Zimmer Bradley sobre as mulheres que cercam Arthur, incluindo sua mãe Igraine (Caroline Goodall), sua meia irmã Morgana (Julianna Margulies), sua tia Viviane (Anjelica Huston) e sua esposa Guinevere (Samantha Mathis).

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