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    Após morte de ator de Parasita, Bong Joon Ho exige investigação sobre atuação da polícia e mídia coreana no caso
    Nathalia Jesus
    Nathalia Jesus
    -Redatora e crítica
    Jornalista apaixonada por cinema, televisão e reality show duvidoso. Grande entusiasta de dramas coreanos e tudo o que tiver o dedo de Phoebe Waller-Bridge.

    Lee Sunkyun faleceu em 27 de dezembro de 2023.

    Nesta sexta-feira (12), o diretor de Parasita, Bong Joon Ho, liderou uma conferência de imprensa em Seul, na Coreia do Sul, para exigir uma investigação sobre a morte do ator Lee Sunkyun, protagonista do filme, que faleceu em 27 de dezembro do ano passado.

    O ator estava sendo investigado pela polícia de Incheon por suposto uso recreativo de drogas — atividade proibida no país — e a mídia coreana fez disso um grande holofote, como aconteceu também com o ator de Profecia do Inferno, Yoo Ah In, que não apenas está em investigação como também chegou a ser agredido por cidadãos após uma audiência.

    A reivindicação de Bong Joon Ho foi apoiada por outros artistas, organizações culturais e associações comerciais e visa esclarecer os métodos policiais e a regularização da cobertura jornalística sensacionalista que pode ter contribuído para a decisão do ator de tirar a própria vida.

    "São necessárias melhorias legislativas claras para garantir que os princípios e exceções não sejam revertidos entre os direitos humanos dos suspeitos e o direito do público de saber, e que as autoridades investigativas não interpretam e aplicam arbitrariamente a intenção da lei", pontuou o grupo de apoiadores.

    Parasita
    Parasita
    Data de lançamento 7 de novembro de 2019 | 2h 12min
    Criador(es): Bong Joon Ho
    Com Song Kang-Ho, Woo-sik Choi, Park So-Dam
    Imprensa
    4,2
    Usuários
    4,4
    Adorocinema
    3,5
    Assista agora

    A princípio, a polícia negou as acusações de negligência, mas o diretor de Parasita quer um relatório mais completo e esclarecedor. "Suas três aparições policiais, desde o teste de reagente simples até o teste negativo, foram transmitidas ao vivo para a mídia. As gravações de suas declarações incriminatórias foram divulgadas à mídia e ao público, e ele fez a trágica escolha de terminar sua vida após uma terceira convocação policial de 19 horas".

    "Exigimos que a polícia investigue se houve algum lapso na segurança da investigação a partir do momento em que os detalhes da investigação do falecido foram expostos. Queremos saber se não houve contato individual na mídia durante a investigação e queremos que os resultados sejam tornados públicos para que não haja dúvida", concluiu o cineasta.

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