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    Síndrome da mãe ausente, a triste razão pela qual quase todas as princesas da Disney são órfãs
    Marco Rigobelli
    Marco Rigobelli
    Marco é tradutor e redator. Tem uma história pessoal com O Bebê de Rosemary, acha que 10 Coisas que Eu Odeio em Você é um dos maiores filmes já feitos e pode passar horas contando fatos aleatórios sobre O Senhor dos Anéis.

    A narrativa dos filmes da Disney levou à criação de princesas órfãs, e isso não é coincidência.

    No mundo mágico da Disney, onde os sonhos se tornam realidade, existe um padrão recorrente que tem confundido muitos: quase todas as princesas são órfãs ou têm mães ausentes. Esse fenômeno tem sido chamado de “Síndrome da Mãe Ausente” e sua influência na criação dos personagens é mais profunda do que poderíamos imaginar.

    A síndrome refere-se à falta de presença física ou emocional dos pais durante a infância e suas consequências são chocantes. Segundo Iosune Mendia, psicóloga infanto-juvenil, essa ausência emocional deixa um sentimento de abandono e afeta diretamente o desenvolvimento emocional, físico e mental das crianças. Na Disney, essa realidade se traduz nas tramas das princesas.

    Princesas órfãs: um padrão desde 1937

    Desde o clássico e inesquecível Branca de Neve e os Sete Anões, de 1937, as princesas da Disney compartilham uma ligação inesperada: a orfandade ou a ausência materna. Por que a Disney escolhe esse caminho narrativo recorrente? Don Hahn, produtor de Malévola, revela que muito disso se resume a uma escolha prática. Com filmes que duram entre 80 e 90 minutos, a Disney busca rapidamente mergulhar os personagens em conflitos que desencadeiam seu crescimento “Portanto, é mais rápido ter personagens que crescem quando você os separa dos pais. Bella só tem um pai, então quando ele for embora, ela deverá tomar o lugar dele. É uma questão de encurtar a história."

    Walt Disney Studios

    O contexto emocional nas histórias

    A falta de carinho e atenção dos pais afeta profundamente os personagens, dando origem a histórias cheias de desafios e buscas constantes por aprovação. Cinderela, Branca de Neve, Ariel e Jasmine são exemplos de princesas que lidam com madrastas malvadas, perdas maternas ou ausência emocional.

    O reflexo dessa síndrome nos filmes da Disney também levanta questões sobre a sociedade. Por que essas narrativas continuam a ser tão eficazes e ressonantes para o público? A escolha da Disney em abordar a ausência parental abre um diálogo sobre a importância da família na formação da identidade e na superação das adversidades.

    A síndrome da mãe ausente é mais que uma trama conveniente. É um reflexo da complexidade emocional humana no contexto mágico da Disney. As Princesas Órfãs nos lembram da importância da conexão familiar e de como a superação das adversidades pode moldar personagens amados. Embora essas histórias tenham sido fundamentais, a questão que fica é se os filmes futuros seguirão esse caminho ou nos surpreenderão com histórias novas e emocionantes.

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