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    Saló ou Os 120 Dias de Sodoma
    Média
    2,4
    140 notas
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    23 Críticas do usuário

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    Érika B.
    Érika B.

    9 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    0,5
    Enviada em 10 de fevereiro de 2015
    eu matei minha curiosidade, mas dá pra viver bem sem conhecer esse mundo perverso e doentio... não indico
    Lidiana C.
    Lidiana C.

    23 seguidores 10 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 2 de setembro de 2013
    Mais uma obra dirigida por Pier Paolo Pasolini em 1975, baseada no livro de Marquês de Sade "Os 120 Dias de Sodoma".
    Quatro fascistas sequestram um grupo de jovens composto por homens e mulheres servindo como escravos sexuais, e sendo obrigados a praticarem os mais diferentes tipos de orgias.
    Este foi o último filme de Pasolini e talvez o mais incompreendido. Alguns até o julgam como pornográfico, no entanto, mesmo sendo ainda leiga no que diz respeito sobre a obra desse gênio, atrevo-me a dizer que sua vida, seus ideais estavam intimamente ligados à sua filmografia. Já disse que todos os filmes de Pasolini eram de cunho politico, eram uma crítica escancarada à política italiana e a igreja. Pier Paolo Pasolini era homossexual, ateu e comunista.
    Se você tem interesse em assistir Saló, sugiro que desfaça-se de suas crenças sejam elas religiosas ou por qualquer outro motivo e tente assisti-lo sobre o ponto de vista político. Porque muito mais que "um festival de orgias" como dizem por aí, o filme é um grito político contra o fascismo e contra todos os regimes ditatoriais.
    Os 16 jovens presos em um castelo por seus algozes, viviam sempre nus, e tendo que aceitar as duras regras impostas por seus ditadores. Há cenas de estupro, cenas escatológicas, sadismo, tortura, coisas que imagino que um prisioneiro de guerra, ou prisioneiro preso na época da ditadura tenha visto de perto.
    E você pode perguntar, por que usar "cenas apelativas" para fazer um filme político? Além de Pasolini ser à favor da nudez, quando você assiste o filme livre de preconceitos, você percebe que o ser humano tem seu lado sádico, caso contrário o filme não estaria na lista dos filmes mais polêmicos da história, não?
    Como já disse, Pasolini gostava de trabalhar com atores amadores. As cenas apesar causarem certo desconforto até hoje, foram muito bem dirigidas e construídas, mesmo sendo forte, acredito que Saló seja absolutamente necessário para qualquer cinéfilo. Continuo batendo na tecla de que existem filmes com violência explícita absolutamente descartáveis e que não sei porque cargas d'água são tão cultuados, e existem aqueles em que a violência é necessária para uma reflexão sobre a sociedade e sobre nós mesmos, afinal, Saló não se resume a um "festival de orgias." Se você espera isso de uma obra-prima como esta, sugiro que não assista.
    Janiê Maia C.
    Janiê Maia C.

    22 seguidores 15 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 6 de agosto de 2013
    Saló, ou os 120 dias de Sodoma (Pier Paolo Pasolini, 1975)
    Marquês de Sade em obra cinematográfica, histórica e chocante!

    Olá galera! Tudo bem? De volta depois de um tempo ausente. Vamos começar hoje com cinema e filosofia (together), muito bom! Primeiramente, vamos buscar os aspectos históricos de Saló, um filme polêmico, controverso e filosófico antes de tudo; por isso é importante entendermos quem é Marquês de Sade.
    Sade (Paris, 2 de junho de 1740 — Saint-Maurice, 2 de dezembro de 1814) foi um filosofo francês, aristocrata e pervertido! Digo, pervertido mesmo, no sentido literal do termo, toda a sua filosofia é baseada na teoria da perversão sexual. Ou seja, em suas obras encontramos diversas referências tais como orgias, mas tais orgias buscam prazer sexual na tortura dos parceiros, dor física nas mais diversas formas. É daqui que surgiu o termo sadismo, com certeza vocês já ouviram falar disso! Fulano é sadista! Isso é cruel, é sádico! Sade, foi transgressor, suas obras causaram tanto impacto, que acabou indo para a cadeia parisiense e posteriormente ao hospício, considerado louco por uns, gênio por outros. Suas obras de conotações sexuais fortes, traz referências a temas considerados hediondos pela sociedade atual, pedofilia, estupro, tortura, e muito mais.
    A filosofia de Marquês de Sade é um banquete para os adoradores da sexualidade desenfreada, ou seja, orgias, orgias e.... delícias da carne puníveis! Enquanto este colocava o prazer sexual como uma porta para libertação da razão humana, não importa a forma como o gozo viesse; Sócrates afirmava que o prazer carnal é fugaz, levando o homem a ficar escravo de si, preso a suas paixões. Isso é meio Schopenhauer, este filósofo machista, que pregava a misericórdia como liberdade em vez das paixões!
    Depois de um breve resumo do aspecto filosófico do filme, vamos a sétima arte em si. Saló, ou os 120 dias de Sodoma, é um filme italiano de 1975, dirigido pelo diretor Pier Paolo Pasolini. O filme narra a história de um grupo de 16 jovens (8 meninos e 8 meninas) que foram sequestrados por quatro ricos fascistas, no tempo em que a Itália era ‘governada’ por Mussolini. Os quatro sadomasoquistas os aprisionam em um palácio, em uma belíssima região, que seria palco de crimes hediondos. Os jovens presos como animais durante quatro meses, passam pelos mais diversos tipos de situações sádicas, são usados como fonte de prazer sexual, dor e morte.
    Apesar de ter como fonte principal a obra de Sade (Círculo das Taras (ou manias), Círculo da Merda e Círculo do Sangue.), sendo o sexo a fonte principal para a ‘poesia’ deste. O filme explora temas como ditadura, corrupção, absolutismo, sadismo, masoquismo e perversão. Pasolini, (Bolonha, 5 de março de 1922 — Óstia, 2 de novembro de 1975) foi um cineasta e escritor italiano. Era um artista solitário, gostava de expor no cinema sua visão crua sobre o íntimo do homem. Seus filmes continham um forte conteúdo erótico e político, nudez e nudez são características chaves de seu cinema, devido a isso a crítica o renegou até a morte, a crítica classificava seus filmes como pornográficos (não tiro a razão deles).
    Não conheço a obra de Pasolini, mas pelo que assisti, apenas três filmes (considero muito), concluí que não sou sua admiradora e nem vou ser. Mas não me dá o direito de desmerecer o seu trabalho no cinema! Saló, não é uma obra-prima, pelo menos na minha visão crítica, está longe de ser um filme admirável, um filme crítico. É daqui que surge a maior das controvérsias, apesar da película conter um apelo político fascista, prós e contras, a crítica fica quase apagada no longa. Por que o teor sexual toma conta de toda a ambientação, roteiro, fotografia.
    Não há atores conhecidos, Pasolini gostava de pessoas normais atuando, sem fama, sem glamour. Também não é de admirar que tantos atores recusassem os papéis para personagens tão controversos! Nem sei que termo utilizar, quero dizer, há tanta sac%$%#¨no filme que fica difícil escolher a melhor! Sexo, dor, violência e sujeira! A filosofia de Sade, é admirada pelo diretor, mas bem que ele poderia ter utilizado um pouco de sensibilidade.
    Não estudo Sade, estudo outro filosofo! Mas sei que o filme soube colocar de forma verdadeira e fiel a obra dele! E como é fiel, cenas bem chocantes! Para quem tem o estômago fraco, aviso de imediato, não assista! Creio que este é dos filmes que assisti uma vez e não pretendo repetir a última, o que vale no longa é a filosofia sadista. Um pouco de cultura e filosofia não faz mal a ninguém! Talvez a razão de não ter ganho tantos admiradores se dá pelo fato da junção de tanta bizarrice. Comparo Saló a Taxidermia, um exemplo de outro filme bem bizarro, ele é o A Serbian Film, dos anos 70.
    Chocante, seria a palavra correta para este filme, mas quando você assiste, vem outras na mente, bem mais cruéis e polêmicas. Só pelas imagens dá para perceber porque o filme é considerado repugnante e exótico, no melhor dos termos. Machismo, humilhação, sexo, e muita violência. Agora você me pergunta: tu não falastes das cenas! Perdoem-me mas foi proposital, as cenas são muito chocantes, mas descreverei uma, que é repugnante: ‘um dos senhores solta suas fezes no chão e obriga um dos confinados a comer o excremento com uma colher. O algoz grita mangiare (comer) e isso fica na cabeça’. Mangiare, mangiare, mangiare. Impressionante!!!
    Creio que finalizei mais uma crítica meio decepcionada, o filme vale pelo conhecimento da filosofia, nada mais! Aqui não há lições de moral, ou uma formar de afirmar estarei acordada para assistir o sol se pôr. Aqui isso não existe! O simples fato de viver mais um minuto já é o bastante! Sem pormenores, vale pela curiosidade. Boa digestão!
    Bjoosss! Byeee!

    Janiê Maia Cunha
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