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    Virando a Página
    Críticas AdoroCinema
    3,0
    Legal
    Virando a Página

    De volta a cena

    por Lucas Salgado

    Conhecido pelo trabalho em comédias românticas como Um Lugar Chamado Notting HillO Diário de Bridget JonesSimplesmente AmorHugh Grant andou meio sumido nos últimos tempos, sem muitos papéis de destaque. Aos 54 anos, parece lhe custar um pouco o fato de ter ficado marcado por um gênero que não permite envelhecimento, como Meg Ryan sabe muito bem. Ainda assim, acabou escolhido para fazer Virando a Página, que está longe de chegar ao nível de seus melhores trabalhos, mas que acaba sendo uma forma de matar saudade deste carismático ator.

    O longa marca a nova parceria entre Grant e o diretor Marc Lawrence, que deu relativamente certo em Amor à Segunda VistaLetra e Música, mas que também gerou a bomba Cadê os Morgan?. O novo trabalho está mais próximo dos dois primeiros, ainda que um pouco inferior.

    Grant interpreta Keith Michaels, um roteirista vencedor do Oscar e responsável por um filme amado por todo mundo. Ele, no entanto, nunca conseguiu repetir o sucesso daquele longa e com o passar do tempo foi sendo esquecido por Hollywood. Sem emprego e sem dinheiro, ele decide aceitar o convite para trabalhar como professor em uma universidade no interior dos Estados Unidos. Ele acaba indo contra um de seus princípios: "escrever é algo que não se ensina."

    A trama é bem simples e repleta de clichês, ainda assim diverte em alguns momentos, principalmente pela boa química entre Grant e Marisa Tomei, que interpreta uma de suas alunas na universidade. O elenco, por sinal, é ótimo: Allison JanneyJ.K. SimmonsChris ElliottBella Heathcote

    The Rewrite (no original) é uma obra simples, despretensiosa e divertida. Não ficará por muito tempo na cabeça, mas servirá bem para um programa de tarde chuvosa ou para assistir em uma viagem de avião. Marisa Tomei continua sendo uma das atrizes mais charmosas de Hollywood. Pena que não ganha o espaço que merece. E o mesmo pode ser dito de Grant.

    Por sinal, Grant não deveria ficar esperando um Bridget Jones 3 e tratar de buscar trabalhos mais ousados em outros gêneros. Continua simpático e galanteador, mas é difícil imaginar a indústria cinematográfica o mantendo como galã por muito mais tempo. O que parece, já pedindo desculpas pelo trocadilho, é que o ator tem dificuldade em virar a página.

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