João (Vladimir Brichta) é um fotógrafo decadente, procurando uma nova modelo para relançar a sua carreira. Ele parte para o sul do Brasil, onde fotografa dezenas de adolescentes, até se encantar com a beleza de Maria (Vitória Strada), que deseja transformar em modelo internacional. Mas Pedro (Francisco Cuoco), o pai da garota, se opõe à carreira profissional da filha. Durante uma viagem de Pedro, João tem um caso amoroso com Anita (Adriana Esteves), mãe de Maria.
Distribuidor Elo Company
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Ano de produção2014
Tipo de filmelonga-metragem
Curiosidades-
Orçamento-
IdiomasPortuguês
Formato de produção
-
CorColorido
Formato de áudio-
Formato de projeção-
Número Visa-
Críticas AdoroCinema
3,0
Legal
Real Beleza
A arte salvará o mundo
por Bruno Carmelo
Na primeira cena deste drama, um fotógrafo famoso e arrogante (Vladimir Brichta) está prestes a realizar um ensaio. Ele reclama da luz, do cenário, e quando é contestado pela modelo, dá-lhe um forte tapa no rosto. Esta é a apresentação não muito lisonjeira de João, o herói da trama. O espectador precisa superar esta péssima primeira impressão para seguir viagem e torcer pela redenção do artista.
Para se reinserir no mercado de trabalho, ele começa a procurar novos talentos entre adolescentes do sul do país. Após centenas de candidatas, encanta-se com Maria (Vitória Strada), garota que tem “algo de diferente”, sem que ele saiba muito bem o quê. A real beleza, de acordo com o protagonista, dialoga apenas com os sentidos, e não com o intelecto. Este homem movido pelo prazer estético (mais tarde, ele defende a perenidade da beleza em detrimento da cultura) vai à casa de Maria, para conven...
Britcha é um forte candidato à framboesa (ou açaí) de ouro, embora já tenha feito bons papéis. Idem este diretor, que foi querer fazer um filme cabeça, e introspectivo, mas conseguiu mesmo foi ferrar com a Adriana Esteves, que de atriz vibrante faz uma força danada (sem convencer) para parecer uma esposa songa monga. O Britcha então o diretor fez dele um ator canastrão ao compor o perfil do fotógrafo nojentinho. Pior ainda o papo raso ...
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Alfredo T.
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5,0
Enviada em 8 de abril de 2016
Um filme belíssimo que me resgatou dois valores que eu havia deixado pelo caminho: o amor pela literatura, e o amor pelo Amor. Como cinéfilo amante do cinema de arte (e este é definitivamente um filme de arte) recomendo imensamente.
Filme profundo e reflexivo que faz você sair da sua 'zona de conforto' por meio de diálogos de deixar qualquer um boquiaberto. Adriana Esteves MARAVILHOSA engole o Brichta e o Cuoco e faz um espetáculo de atuação. Paisagens incríveis, e uma tensão fortíssima pelos conflitos internos da Anita (Adriana Esteves). A obra tem seus defeitos, claro. Os minutos iniciais do filme que são perfeitamente descartáveis, e a maioria dos personagens que não fazem a menor diferença na trama. No entanto, tudo isso é facilmente deixado de lado, se você se deixar envolver pelas citações fantásticas de obras literárias feitas pelos personagens, principalmente pelo Cuoco. Recomendo!
Andries Viljoen
Na melhor cena de “Real Beleza”, uma fotografia de Henri Cartier-Bresson é essencial não somente para o primeiro encontro entre os personagens de Vladimir Brichta e Francisco Cuoco, respectivamente João e Pedro, como também para ampliar as possibilidades de identificarmos o que, afinal, é essencialmente belo. João é um fotógrafo e diz que a sua imagem favorita de Bresson é “Behind the Gare Saint-Lazare”, de 1932. Pedro, um homem com mais de 80 anos e prestes a perder toda a visão, faz observações sobre o registro que o olhar viciado de João certamente não reparou. Manifesta-se assim uma contradição, pois estamos diante de um homem com uma sensibilidade muito mais apurada do que a do profissional diariamente importunado pelo excesso de beleza que as suas modelos conferem.
Andries Viljoen
Cara, impressionante como Adriana Esteves, que não é uma mulher especialmente linda, ter tamanha magnitude em cena. O filme melhora, e muito, a partir da sua primeira (e profunda) aparição. É a história de um fotógrafo decadente (Vladimir Brichta), que vê em Maria a oportunidade de sua carreira: lançá-la como uma modelo em potencial. A garota é filha de Adriana na trama que, por sua vez, é boa, mas marcada por altos e baixos, a começar pelo título sem graça. Os diálogos são, em sua maioria, envolventes e a fotografia muito bonita.
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