10 anos talvez não tenha sido tempo suficiente parar apagar o trauma que Tim Burton nôs proporcionou com a sua versão de "O Planeta dos Macacos". Mas, aqui tivemos uma nova chance, vinda com o desconhecido Rupert Wyatt, em parceria uma dose de atores que eu particularmente admiro muito os trabalhos. Mas vamos devagar... Primeiramente, a série foi de novo reiniciada, e para a nossa sorte não existiram outras sequências do filme de 2001. Aqui o produto é novo, e isso poderia ser tanto algo ruim, quanto algo muito bom.
Felizmente, o resultado foi mais do que positivo. O filme tem um início muito bem colocado na história, e segue o mesmo ritmo até a sua metade. Essa característica, de maneira alguma, desacelerou o ritmo ou fez o filme ficar enjoativo. Muito pelo contrário. A ideia da obra era criar uma origem ao planeta dos macacos (algo que, se pensarmos bem, nunca havia sido mostrado nôs filmes da série original), e sendo assim, acabou-se sendo obrigatório que o filme foca-se na transformação da fantástica versão de Caesar, e isso, na minha opinião, já foi rápido até demais, passando os anos do filme como uma corrida. Claro, isso não atrapalhou no progresso de perfeição do longa (sim, perfeição).
Mas falando no Caesar (ou César, como vocês preferirem), acabamos por entrar em outra excelente característica do filme: as atuações. Ao contrário do péssimo 'remake' de 2001, aqui os atores presentes apenas inovaram ainda mais as suas carreiras. Começando pelo fantástico e diversificado Andy Serkis, que junto com a sua equipe técnica, formaram um impressionante chimpanzé que é, basicamente, tudo que você mais quer em um personagem: carismático, divertido, engraçado, vingativo e acima de tudo, marcante. Outro nome fica por James Franco, que consegue se controlar bem no filme, ao contrário de seus outros papéis no cinema. O resto do elenco se saí bem, cada um focando de maneira esplendida nos seus esteriótipos.
Por fim, podemos dizer que "Rise of the Planet of the Apes" é uma excelente surpresa, que mesmo causando medo após 10 anos de trauma, conseguiu reerguer a franquia, trazendo assim mais popularidade para jovens que ainda não conhecem a excelente saga que foi, e continua sendo "Planeta dos Macacos".
OBS: se fossemos criar um pequeno defeito no filme, seria que ele não se importa muito em transmitir mensagens sobre a nossa população dos dias atuais, que diga-se de passagem, tornou-se ainda mais inferior à vista nos anos 60. Ainda sim, podemos considerar este um excelente filme de ação, aventura e "ficção cientifica".