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    5 cinebiografias que não agradaram seus protagonistas na vida real

    Quando a ficção perturba a realidade.

    Semana após semana, novas cinebiografias são produzidas e/ou entram em cartaz nas salas de cinema ao redor do mundo. A curiosidade do público em relação à vida privada de grandes ícones e celebridades ou o desejo de conhecer mais a fundo a psique de personalidades controversas fazem com que o gênero continue sendo um dos mais rentáveis dentro da indústria cinematográfica.

    Entretanto, o fato de uma obra conquistar o público não significa que também vai agradar os seus objetos de análise. Quando qualquer vida, especialmente a de uma figura conhecida pela maioria das pessoas, é colocada sob profundo escrutínio, certos detalhes podem ser realçados, enquanto outros pontos são deixados de lado a contragosto dos biografados. Ainda que os roteiristas e diretores tentem equilibrar fatos reais e fatos cinematográficos, às vezes a verdade e a ficção entram em rota de colisão. Por isso, confira no slideshow acima 5 casos de produções que foram profundamente criticadas pelos personagens reais.

    E não perca os próximos lançamentos biográficos: Detroit em Rebelião, aclamado trabalho de Kathryn Bigelow sobre os violentos protestos raciais ocorridos na cidade estadunidense em 1967, chega às telonas brasileiras no dia 12 de outubro. Churchill, por sua vez, já está em cartaz — mas a atuação de Brian Cox como o célebre Primeiro Ministro Britânico muito provalmente não incomodará o biografado, não é mesmo?

    A Rede Social

    A Rede Social, de David Fincher, explora a vida de Mark Zuckerberg. Interpretado por Jesse Eisenberg, o criador do Facebook ficou muito descontente com o longa porque o roteiro de Aaron Sorkin reinterpreta e ficcionaliza demais suas motivações para desenvolver a rede social; segundo o bilionário, ele jamais teve a ideia de criar um império por causa de um coração partido ou para impressionar uma garota.

    Patch Adams

    Patch Adams - O Amor é Contagioso, estrelado por Robin Williams, incomodou bastante o personagem real, o Dr. Hunter Adams. Para ele, o tom melodramático e manipulador do filme diminuiu a seriedade das pesquisas que realizou e tratamentos que desenvolveu. Até a morte do ator em 2014, Adams foi um crítico ferrenho e raivoso de sua cinebiografia.

    O Quinto Poder

    Cercado por controvérsias e acusações dos mais diversos tipos, Julian Assange é um dos personagens reais mais polêmicos e dramaticamente interessantes dos últimos tempos. Entretanto, o trabalho do diretor Bill Condon em O Quinto Poder não agradou o hacker. Na extensa comunicação por e-mail que manteve com Benedict Cumberbatch, Assange afirmou que o roteiro era baseado em "mentiras" e que havia sido escrito para beneficiar os EUA, um país "corrupto, traiçoeiro e perigoso".

    Virada no Jogo

    Sarah Palin, ex-governadora do Alasca, ganhou as manchetes com suas ideias e declarações polêmicas e isso, evidentemente, tornou-se um prato cheio para a ficção. Retratada de forma cômica por Tina Fey no Saturday Night Live, a política estadunidense não ficou nada feliz com a premiada interpretação de Julianne Moore em Virada no Jogo, filme que ela categorizou como uma "narrativa falsa" sobre sua vida.

    Um Sonho Possível

    Para o jogador de futebol americano Michael Oher, o problema de sua cinebiografia reside no fato de que a personagem de Sandra Bullock tem um protagonismo maior do que o de sua versão cinematográfica, interpretada por Quinton Aaron em Um Sonho Possível. A reclamação não é mero estrelismo do atleta, uma vez que ele sente que parte do público acredita que ele não teria vencido na vida sem a ajuda de uma mulher branca.

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