Matei numa única tarde chuvosa de domingo todos os 10 episódios.
A primeira parte da temporada se divide entre cenas no Rio de Janeiro e um outro local que não me ficou muito claro, mas era um local um tanto remoto. Nesse local remoto, o protagonista Mikhael vivia uma vida tranquila brincando com as crianças e o seu trabalho voluntário em um assentamento. Pouco depois, o caos começa quando um grupo de capangas impõe um curto espaço de tempo aos moradores do assentamento liberarem o local. O protagonista debate com as lideranças do assentamento sobre a possibilidade do uso de armas para defender o local, mas bate de frente com ideias opostas da principal líder que foi assassinada. Sem saber ao certo quem foi o assassino, mas ao mesmo tempo sabendo que o assassinato foi encomendado, o protagonista parte sozinho em uma série em uma vingança absolutamente brutal. Ao estilo dos jogos eletrônicos modernos, ele usa da noite e do elemento surpresa para eliminar furtivamente alguns dos integrantes de uma fazenda que pertencia ao fazendeiro que chefiava os capangas. Numa dessas eliminações, um carro dispara o alarme e o protagonista perde o elemento surpresa, e agora o caçador virou a caça. Os capangas a mando do fazendeiro vão para a floresta procurar quem estava matando os seus amigos.
Utilizando armadilhas especiais de grupos de elite e armas de fogo, um a um os capangas foram eliminados com violência extrema e brutal deixando impressionado até mesmo um delegado da polícia federal.
Aqui temos um excelente trabalho do ator que fez o delegado. Onde começa a transição entre o término da primeira parte e o início da segunda parte da temporada. Com o avanço das investigações acerca dos assassinatos, o delegado chega muito perto e surge um nome curioso nas investigações: "irmão Miguel". Daí para a segunda metade, os episódios voltam para o Rio de Janeiro com uma nova trama: o bispo que foi apresentado na segunda temporada é o grande líder das milícias, do tráfico e das cadeias e é o grande vilão da temporada. A governadora e a presidente da ALERJ ficam um tanto de mãos atadas por conta da banca dos deputados do bispo ser muito forte. Sem opções legais para frear o bispo, a governadora e o protagonista montam uma equipe de pessoas especializadas e improváveis que se reuniriam em um motorhome para discutir e traçar táticas de como derrubar o bispo. É na minha opinião, o ponto alto da terceira temporada, onde os roteiristas estavam muito bem inspirados em escrever um passo a passo brilhante e sem erros no desmantelamento do bispo. Era um jogo de xadrez de perdas e ganhos, onde o bispo sem saber quem o atacava, partir para cima de tudo e de todos, tendo como cartada final, o caos na cidade, incluindo até, um ataque direto contra a vida da presidente da ALERJ. Mentiras, vídeos falsos, malas de dinheiro plantadas, enfim, valia tudo um contra o outro.
No final da segunda parte, aqui sim, os fãs de ação e tiroteio podem se esbaldar com a invasão de uma comunidade não apenas pelo BOPE, bem como até da polícia civil. Tudo ia muito bem e tranquilo até chegar num ponto, depois, uma intensa troca de tiros com os policiais em desvantagem tático, numérica e de poder de fogo contra bandidos que utilizavam armas anti-equipamento.
Num ato de heroísmo e loucura, a irmã do protagonista "rusha" sozinha chegando a se rastejar de cara no chão em direção local onde estavam os bandidos mais bem armados e elimina-os. Eu fico aqui me questionando, se a ideia de ter rejeitado a ideia de um aliado de caráter duvidoso se foi uma boa opção. Quem sabe, as coisas teriam sido melhores?! Ou não...
A partir daí começa a perseguição contra o bispo que cita vários versículos da Bíblia Sagrada na sua tentativa de fuga. O bispo é atingido por um um aliado improvável do protagonista. Com o grande vilão derrotado e hospitalizado, cabe ao espectador decidir o que é certo e o que é errado, onde certo e errado são conceitos um tanto relativos.