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3,8
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Crítica da série
3,5
Enviada em 5 de fevereiro de 2025
As Five, spin-off de Malhação: Viva a Diferença, trouxe uma proposta ambiciosa e inovadora ao acompanhar a transição da juventude para a vida adulta de suas cinco protagonistas. Produzida pelo Globoplay e criada por Cao Hamburger, a trama se desenrola seis anos após os eventos da novela adolescente, explorando de forma realista e profunda os desafios, frustrações e conquistas de Benê, Keyla, Tina, Lica e Ellen. Ao longo de suas três temporadas, a série se destacou pelo roteiro maduro, pela abordagem corajosa de temas contemporâneos e pelo desenvolvimento denso e multifacetado de suas personagens. Entretanto, nem todas as decisões narrativas foram bem recebidas pelo público, gerando discussões sobre o impacto do enredo e sua capacidade de manter a essência da amizade central.

Ao contrário de Malhação: Viva a Diferença, que, apesar de inovadora, ainda possuía uma linguagem mais leve e acessível ao público adolescente, As Five se assume como um drama adulto, com uma narrativa menos linear e mais introspectiva. Essa mudança se reflete não apenas na abordagem dos temas – que incluem alcoolismo, abusos no ambiente de trabalho, relacionamentos tóxicos e sexualidade –, mas também na estética da produção, marcada por uma fotografia mais sóbria e uma São Paulo representada de forma mais urbana e melancólica.

Essa mudança de tom foi um dos grandes acertos da série, pois respeitou o amadurecimento do público original e das próprias personagens. No entanto, também gerou desafios, pois, ao se distanciar do formato mais estruturado de Malhação, As Five adotou uma abordagem mais fragmentada e por vezes excessivamente contemplativa, o que nem sempre agradou a todos os espectadores.

Se em Viva a Diferença o grupo de amigas era inseparável, em As Five o tempo e as circunstâncias impuseram distâncias emocionais e geográficas. O primeiro episódio já estabelece essa nova dinâmica, mostrando que as protagonistas não se falam há três anos e que cada uma seguiu um caminho completamente diferente. Essa desconexão inicial funciona como um motor narrativo para a reconstrução de suas relações, que se dá de forma gradual e nem sempre harmônica.

Benê (Daphne Bozaski), que já enfrentava desafios devido ao Transtorno do Espectro Autista, agora lida com uma crise existencial desencadeada pelo término com Guto (Bruno Gadiol). Sua trajetória é uma das mais emocionantes da série, pois além das dificuldades profissionais, ela mergulha na descoberta de sua sexualidade ao se envolver com Nem (Thalles Cabral). Esse arco foi um dos mais elogiados, pois trouxe uma representação sensível e respeitosa das questões neurodivergentes e LGBTQIA+.

Keyla (Gabriela Medvedovski), agora uma mãe solo tentando equilibrar trabalho e criação do filho Tonico, enfrenta dificuldades financeiras e emocionais. Sua jornada na série é marcada pelo constante dilema entre a responsabilidade maternal e seus próprios sonhos e desejos. O relacionamento com Edu (Samuel de Assis), um homem mais velho e experiente, gerou debates sobre padrões de relacionamento e as dificuldades de se reconstruir após a juventude.

Tina (Ana Hikari) talvez seja a personagem que mais sofreu transformações. Em Viva a Diferença, ela era rebelde e desafiadora, mas em As Five sua rebeldia ganha contornos mais autodestrutivos, culminando em uma luta intensa contra o alcoolismo. Seu arco é um dos mais impactantes, pois aborda como traumas familiares e expectativas não atendidas podem gerar mecanismos de fuga perigosos.

Lica (Manoela Aliperti), que sempre viveu em meio ao luxo, agora se vê em uma jornada de independência. Seu desejo de se afirmar sem depender financeiramente da mãe (Malu Galli) é um dos pontos centrais da série. Além disso, sua relação com a ex-namorada Samantha (Giovanna Grigio) e sua dedicação à criação de uma revista feminista a colocam em uma posição de constante questionamento sobre sua identidade e propósito.

Ellen (Heslaine Vieira), que se mudou para os Estados Unidos para estudar no MIT, retorna ao Brasil e enfrenta um ambiente de trabalho hostil e racista. Sua trajetória expõe como mulheres negras muitas vezes precisam provar sua competência em ambientes corporativos predominantemente brancos. Sua relação com Maura (Tamirys O'hanna), advogada que a ajuda a enfrentar o abuso no trabalho, se torna um dos pontos altos da segunda temporada.

Um dos grandes méritos de As Five é a coragem de abordar temas relevantes e muitas vezes negligenciados na televisão brasileira. Questões como saúde mental, abuso de poder, racismo, machismo e sexualidade são tratadas de forma crua e realista, sem didatismos exagerados. No entanto, a série também foi criticada por algumas escolhas narrativas que pareciam forçadas ou desconectadas da essência das personagens, especialmente nas últimas temporadas.

O final da série gerou controvérsias, pois muitas tramas foram encerradas de forma abrupta ou sem a resolução esperada. Alguns espectadores consideraram que o arco de Tina foi concluído de maneira insatisfatória, e a evolução de Lica e Ellen deixou a desejar em alguns aspectos. No entanto, é inegável que As Five conseguiu consolidar seu espaço como uma produção inovadora e necessária dentro do cenário nacional.

As Five conseguiu o feito raro de transitar com sucesso entre o público adolescente e adulto, mantendo a essência da amizade que marcou Viva a Diferença, mas explorando com profundidade as incertezas e dores do crescimento. A série foi uma aposta ousada da Globo e do Globoplay, fugindo do formato tradicional e investindo em uma narrativa mais crua e complexa.

Se por um lado o roteiro acertou ao humanizar suas personagens e retratar com autenticidade os dilemas da juventude contemporânea, por outro, algumas escolhas narrativas poderiam ter sido melhor desenvolvidas para evitar lacunas ou tramas apressadas. Ainda assim, As Five se destacou como um dos produtos mais relevantes do streaming nacional, proporcionando reflexões importantes sobre a vida adulta e a resiliência das relações humanas.

A série encerrou sua jornada em 2024, deixando um legado significativo para a teledramaturgia brasileira e provando que histórias juvenis podem e devem crescer junto com seu público.
Crítica da 3 temporada
3,0
Enviada em 3 de maio de 2024
Eu sinceramente estou frustrado com o final da série. É incrível pensar que uma das melhores novelas de malhação acabar com esse final. Esse spin-off tinha todas as receitas para ser um sucesso, era só seguir a receita da novela e abordar temas que casariam com as personagens, achei algumas muito forçadas e uma lacração sem necessidade. O final deixou um monte de ponta solta, um final que poderia entregar mais, que poderia ser um sucesso e lembrado durante anos. O senhor Cao Hamburguer destruiu todas as minhas lembranças da minha malhação preferida (uma das).
Enfim agora é só lamentar mas não consigo engolir esse desastre que foi a terceira e última temporada...
Bela

1 crítica

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Crítica da série
2,0
Enviada em 3 de julho de 2021
A serie definitivamente não segue a mesma essência da novela, alguns spoiler: personagens essências da história somem e os episódios expressam de forma torturante a decadência das personagens de tal forma que nem elas entendem pq se enfiaram nessa decadência A moral da história? Oq importa se meu filho passa fome em casa se eu tenho drogas e bebidas em uma festa neon aq perto.
Crítica da série
2,0
Enviada em 7 de janeiro de 2021
As duas estrelas são pela qualidade áudio visual de absoluta técnica e qualidade.

Imagine se Maurício de Souza fizesse o "Turma da Mônica jovem" do mesmo jeito que Cao Hamburger fez "As Five"... seria uma tragédia, uma forma admirável de como destruir o próprio legado.
Pois é exatamente isso que Cao Hamburger fez com suas personagens, em malhação, o roteiro era impecável sem furos e absolutamente claro, deixou no ar a questão da sexualidade de "Guto" desde o episódio da festa na casa da Lica, que só se resolveu no início de As Five, genial.
Porém em "As Five" as coisas são o inverso do roteiro de malhação, fica sem conclusão, parece que tá sendo tocado por adolescentes que só querem chocar e dar um "buzz" e ficar no "Trending topics" do Twitter.

Essa é a opinião de um casal que assistiu 213
episódios de malhação ,e agora está tendo a infelicidade de se frustrar com "As FIve".
Crítica da série
5,0
Enviada em 23 de julho de 2020
Esperando ansiosamente pela estréia, ver essa série abordada pro público adulto é uma coisa que venho esperando desde o final da malhação
joao.bielfm

1 crítica

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Crítica da série
5,0
Enviada em 4 de fevereiro de 2021
PERFEITO, SIMPLESMENTE PERFEITO MANOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO ESSE NEGOCIO TA TUDOOOOOOORRRRRRRRRRRRR MEU AMOR TODINHOOOOOOOOOR JESUUUUUUIX PRR E ESSA TRILHA SONORAAAAAAAAA???????????? AI MINHA PRESAAAAAAAAAAAAAAAAAUUUUUUUUUUMMMMMMMMMMMMMMMM
Crítica da série
5,0
Enviada em 18 de novembro de 2020
Assim como Malhação : Viva a Diferença, As Five não decepciona, escrita por Cao Hamburguer, dono de excelentes trabalhos e sendo um spin-off de uma novela ganhadora de Emmy. Me arrisco a falar que se continuar nesse ritmo pode concorrer um Emmy, eu gostei muito que as personagens não perderam suas características com o tempo, apenas cresceram e mudaram algumas coisas, pra melhor ou pior. O primeiro episódio é bem promissor, me lembra séries como Euphoria, Skins ou Skam. Muitos vão ter preconceitos com a série apenas por ser uma continuação de uma malhação atual ou pelos temas abordados. Porém a série é muito pé no chão, mostrando a vida adulta como é, um mundo cão. Eu me identifiquei bastante, enquanto que em Malhação eu conseguia me conectar por ter a idade das Five na época, em As Five eu consigo me conectar ainda mais por acabar de entrar na vida adulta, trabalho, faculdade, festas. Sem deixar de falar do trabalho ótimo que o quinteto de atrizes estão fazendo, dando um destaque a Ana Hikari, aquela cena no spoiler: enterro da Mitsuko[spoiler]
, os sentimentos da Tina misturados, você via no rosto dela. Assistam, dêem uma chance e tenho quase certeza que não vão se arrepender.
diany Gama

1 crítica

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Crítica da série
5,0
Enviada em 24 de setembro de 2020
Extremamente ansiosa pra estreia dessa que promete ser a MELHOR série nacional de 2020!
As Five tem atrizes muito talentosas, historia contagiante, direção memorável e uma trilha sonora de qualidade
User4567

2 críticas

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Crítica da série
5,0
Enviada em 24 de janeiro de 2023
Sério amei melhor série que já assisti, recomendo e estou muito ansiosa para segunda temporada, que estreia dia 8 de fevereiro sério estou contando os dias assistam.
Crítica da série
5,0
Enviada em 16 de maio de 2022
a série é perfeitamente trabalhada em todos os detlhes, e por mais que seja retratada a vida adulta das five diferente de viva a diferença quando elas eram apenas adolecentes, acho que fugiram muito do que a gente viu em malhação, n desenvolveram os personagenss, principalmente a samantha... ela voltou para A5 totalmente mudada, e sejamos sinceros, ngm muda tanto em questão de alguns anos
Crítica da série
5,0
Enviada em 23 de julho de 2020
A atuação das meninas é sensacional! Quem as conhece fora das telinhas sabe bem disso. Plot surpreendente como continuação das five que vimos em MVAD.
Crítica da série
5,0
Enviada em 9 de novembro de 2020
Acredito muito que a série spin-off será incrível como foi a novela teen, mas dessa vez sem tanta censura já que será via streaming fora da tv aberta. Todas as atrizes são excelentes e os roteiros do Cao tem um potencial enorme.