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    Fate - A Saga Winx: Crítica da 1ª temporada da série da Netflix

    A série é adaptação da animação Clube das Winx, lançada em 2004, e sucesso entre as crianças e adolescentes.

    Nota: 3

    Após o final da série O Mundo Sombrio de Sabrina, a Netflix agora vem com uma nova aposta para o público adolescente. Fate - A Saga Winx é acima de tudo uma série que já começa com a intenção de ampliar o seu próprio universo ao público. E o que isso quer dizer? Que, para além de reapresentar as fadas famosas da animação, a série do mesmo produtor de The Vampire Diaries também quer apresentar um novo mundo mágico e fantástico para quem gosta do gênero. Apesar de só ter poucos episódios para organizar toda a trama neste live action, a série foca estritamente em um só ambiente, ajudando a centralizar tudo.

    A Saga Winx, com seis episódios, não perde tanto tempo na apresentação de suas fadas principais. Com o time liderado por Bloom, a protagonista que precisa encontrar a verdade sobre o seu passado, toda a rotina das fadas na escola mágica (localizada em um mundo que não é a Terra) acaba girando em volta da trama da jovem. A amizade entre as garotas surge de uma forma um tanto natural, por mais que a série já deixe todas morando no mesmo espaço durante o ano letivo. Há diversas conveniências por parte do roteiro para simplificar uma história que já não é tão complexa assim.

    A primeira metade da série fala muito mais sobre os jovens que frequentam a escola e dá menos atenção à mágica, aos feitiços e aos talentos de cada fada em si. Ou seja, comparando com Sabrina novamente, a atmosfera é basicamente a mesma. Os dramas adolescentes tomam conta do enredo, enquanto a trama principal de Bloom continua em seu mistério. É só a partir do quarto episódio que as coisas começam a andar de uma maneira mais intensa e aí que as coisas ficam mais interessantes.

    Porém, tanto as perguntas quanto as respostas que Bloom tem sobre o passado, seus pais e sobre Alfea (o mundo que existe em paralelo com a Terra, chamado aqui de Primeiro Mundo) são dadas ao espectador em duas formas completamente contrastantes. Ou isso acontece através de diálogos expositivos e didáticos, ou através de um mistério excessivo que se resolve posteriormente em poucos segundos.

    É muito interessante e divertido acompanhar a jornada de Bloom ao lado de suas amigas que também possuem poderes bem particulares de acordo com cada elemento da natureza. Da mesma forma que é interessante vê-las executando seus poderes. Mas uma coisa é clara: no decorrer dos episódios, os poderes das demais fadas são meros coadjuvantes ao lado do poder real que Bloom tem. E isso faz com que elas brilhem menos, sendo que elas também têm um potencial de carisma e de atenção para o lado do espectador.

    Por outro lado, A Saga Winx parece ter, em teoria, uma história melhor do que aquela que vemos em prática. A diferença entre uma metade e outra da temporada demonstra que a série se perde quando tenta se levar a sério demais. Especialmente quando vemos nos três primeiros episódios piadas que não têm graça alguma (inclusive de teor sexual) e um clima infantil que não se conecta com o drama de Bloom. No mais, os efeitos visuais são bons, assim como a boa direção e a fotografia ajudam a manter a experiência agradável.

    A história de Bloom com suas amigas fadas se conecta bem com a sua história individual porque a protagonista acaba aprendendo muitas coisas com elas e também passa a entender o senso de união. Entre as fadas, quem mais se destaca é Stella, que ganha um tratamento mais complexo e mostra que aparência não é tudo.

    Nos três últimos episódios, contudo, temos diversos plot twists que não ajudam a trama avançar no ritmo adequado. Pelo contrário, o artifício só faz com que A Saga Winx segure a atenção do espectador pelo tempo mais longo possível com idas e vindas dispensáveis, além do mistério exacerbado já citado.

    No fim, há diversos cliffhangers, mas, felizmente, isso pode ser até de uma grande ajuda para que a série seja renovada o mais rápido possível. As pontas soltas da história não são daquele tipo que enfraquecem a trama, mas sim visam ampliar esse universo de fadas, bruxas e monstros para o público ávido por este tipo de temática.

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