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    Legends of Tomorrow: Confira nossa crítica da segunda temporada

    Atenção: o texto a seguir contém spoilers!

    A primeira temporada de Legends of Tomorrow se propõs a trazer para os holofotes personagens de outras séries de herói da CW, como Sara Lance (Caity Lotz), Leonard Snart (Wentworth Miller) e Mick Rory (Dominic Purcell), mas pecou em explorar o relacionamento entre os personagens e a trama, especialmente ao focar no vilão sem graça e repetitivo Vandal Savage (Casper Crump). Já a segunda temporada foi muito superior à primeira – mesmo repetindo o estilo instável da anterior.

    Ela teve um início interessante (com a introdução de novos personagens como Nate e Amaya), meio entediante (com episódios dispensáveis) e final empolgante (que faz com que você tenha vontade de ficar para o bolo). Sem contar que os personagens ainda tiveram um espaço no grande crossover das séries da CW.

    Menos sombria que as demais do Arrowverse, Legends of Tomorrow é divertida – e até um pouco boba – mas é justamente esse detalhe sem compromisso que cativa os espectadores. O monólogo de abertura dos episódios, por exemplo, não é repetitivo e sério como em The Flash e Arrow, mas permite alguns momentos hilários ao alternar os narradores e contar a história das Lendas do Amanhã pelo ponto de vista de Mick ou até mesmo dos vilões.

    Repleto de referências cinematográficas e com a presença de importantes personalidades como George Washington (Randall Batinkoff), Albert Einstein (John Rubinstein), J.R.R. Tolkien (Jack Turner) e George Lucas (Matt Angel), o segundo ano de Legends foi marcada por boas adições à trama, como o historiador Nate Heywood (Nick Zano) e a Vixen Amaya (Maisie Richardson-Sellers), que modificaram a dinâmica da equipe, principalmente naqueles episódios que dividiam as Lendas em duplas, obrigando cada um dos personagens à ocupar seu espaço sob a luz.

    Entre os pares, é interessante destacar a divertida amizade entre Nate e Ray (Brandon Routh); a profundidade do relacionamento entre Mick e Amaya; uma dinâmica pai e filha entre Martin Stein (Victor Garber) e Sara, e um curioso casal formado por Nate e Amaya. Jax (Franz Drameh), entretanto, foi o menos explorado do elenco, apesar de ser destaque como o braço direito de Sara em alguns episódios.

    Aliás, a ausência de Rip Hunter em grande parte da temporada – devido a compromissos de Arthur Darvill com as filmagens de Broadchurch –, contribuiu para um dos realces da temporada: Sara Lance como a Capitã do Waverider. Porém, o retorno de Hunter se deu de forma inusitada (primeiro sem memória e depois com uma personalidade malvada), o que gerou reviravoltas de enredos previsíveis e tornou alguns episódios maçantes.

    É importante enfatizar a participação de Gideon (voz de Amy Pemberton), especialmente no episódio "Land of the Lost", quando eles encontram a versão humana da consciência artificial interativa dentro da mente de Rip. Quem não ficou torcendo pelo relacionamento dela com o ex-capitão?

    Um dos grandes méritos do novo ano de Legends of Tomorrow foi trazer vilões que haviam marcado presença em outras séries de heróis – mesmo sendo um tanto quanto caricatos, eles já tinham conquistado o carinho do público. Quando a Legião do Mal é introduzida em cena, juntamente com o arco da Lança do Destino, o ritmo da temporada melhora consideravelmente.

    A equipe de vilões foi composta pelo Flash Reverso Eobard Thawne (Matt Letscher) – um resultado direto do Flashpoint criado por Barry Allen (Grant Gustin) em The Flash –; Damien Darhk (Neal McDonough) – grande antagonista da quarta temporada de Arrow –, e Malcolm Merlyn (John Barrowman) – que surgia das sombras em qualquer série do Arrowverse e agora estava servindo um "propósito maior". Além de dispensar a apresentação dos personagens, trazer de volta caras conhecidas deram propósito a alguns dos personagens - instigando, por exemplo, uma vingança de Sara contra Darhk, por ter assassinado Laurel Lance (Katie Cassidy), e contra Merlyn, por ter matado a própria Sara anteriormente.

    O problema foi a série ter anunciado Leonard Snart como um dos membros da Legião, sendo que ele só apareceu – brevemente – nos dois últimos episódios da série. Entretanto, devemos apontar que seu retorno se deu em grande estilo, fingindo ser uma alucinação de Mick. Ainda assim, uma inconsistência com a caracterização do personagem foi ter feito ele cometer assassinato, sendo que Snart (nem mesmo em The Flash) havia feito isso sem uma razão maior – ele matara seu pai para salvar sua irmã.

    A segunda temporada de Legends of Tomorrow teve problemas de ritmo – especialmente na primeira metade, com alguns episódios longos e voltas no tempo dispensáveis – e de efeitos visuais, mas isso tudo é compensado pela dinâmica dos heróis e vilões e pelo enredo divertido e irreverente. Afinal, aonde mais você veria um personagem cantar "Day-O (The Banana Boat Song)" – também conhecida como a música de Beetlejuice - Os Fantasmas Se Divertem – durante o lançamento na NASA da Apollo 11?!

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