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    Criador de The Walking Dead revela arrependimentos e admite falhas na série de zumbis da AMC

    Robert Kirkman acha que o time de roteiristas se precipitou ao revelar demais já no episódio final da primeira temporada.

    Amanhã, nos Estados Unidos, The Walking Dead chega ao último episódio da primeira parte de sua quinta temporada como um grande sucesso de audiência e com muito boa recepção entre crítica e público. Cenário de tranquilidade para seus realizadores? Errr... Mais ou menos!

    Criador da HQ homônima em que a série é baseada, Robert Kirkman revelou um arrependimento antigo, que remonta ao season finale da primeira temporada da atração (!), além de revelar planos para o futuro, especificamente sobre o spin off da série de zumbis.

    Em entrevista ao The Hollywood Reporter, o escritor expressou que os acontecimentos em "TS-19", quando o grupo encontra abrigo dentro dos muros do Atlanta CDC, revelam mais do que deveriam. Na ocasião, o Dr. Edwin Jenner (Noah Emmerich) conta a Rick (Andrew Lincoln) que todos os humanos seriam reanimados como mortos-vivos, independente de terem sido mordidos ou não.

    "Se eu tivesse que fazê-lo de novo, eu não teria feito o episódio CDC [do jeito que foi feito]. Ele entregou informação demais e foi uma grande reviravolta muito cedo na série. Eu sinto que existia um jeito melhor de concluir a primeira temporada", disse Kirkman, acrescentando que a revelação da existência de um vírus deveria ter sido feita apenas no episódio final da segunda temporada, “Beside the Dying Fire”.

    "Há coisas no episódio que eu acho que não são muito a cara do universo The Walking Dead", acrescenta Kirkman, sem especificar o quê e por quê. Porém, ele pondera: "Acabou sendo um episódio divertido. Eu adoro o personagem do Dr. Jenner e acho que Noah fez um trabalho incrível". Melhor assim. Mais de acordo com o capítulo, longe de ser um desastre.

    Recapitulando, a revelação, de fato, surge como um acelerador de algumas questões, como o fim da esperança para a humanidade e o despertar de um instinto de sobrevivência egoísta nos personagens principais. Kirkman não tocou especificamente nesse assunto, mas citou outro aspecto que o teria incomodado se tivesse sido mais explorado: a menção à França.

    "Eu fui cuidadoso, nos quadrinhos, para não contar muito o que aconteceu em outras partes do mundo. Será divertido explorar isso na série de TV derivada. Mas, o fato de a França ser mencionada naquele episódio e outras coisas assim eu, provavelmente, teria cortado se tivesse de fazer tudo de novo", revela Kirkman, demonstrando arrependimento por algumas decisões passadas, apesar do sucesso retumbane de TWD.

    Robert Kirkman e seus parceiros de produção executiva na série de zumbis da AMC, Gale Anne Hurd e David Alpert, repetirão suas funções no spin off citado, que ainda terá Dave Erickson (Sons of Anarchy) como produtor executivo e roteirista. Adam Davidson vai dirigir o piloto da série, que não será filmada na Geórgia, embora possa, eventualmente, cruzar-se com os personagens e acontecimentos da série original.

    The Walking Dead é exibida no Brasil pela Fox. Ainda sem título, a série derivada tem previsão de estreia em 2015.

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