Paradise: Estrelada por vencedores do Emmy, a nova série de ficção científica do Disney+ é um "thriller com plot twists e um coração pulsante" (Entrevista)
Júlia Barbosa
Júlia Barbosa
Criada no palco, sempre foi movida pela arte. Defensora ferrenha de Crepúsculo e Ricardo Darín, fala pelos cotovelos sobre as histórias que vemos nas telas e nos bastidores.

Os três primeiros episódios de Paradise já estão disponíveis para streaming no Disney+

Nos acostumamos a assistir filmes de distopia ambientados em um futuro muito distante. Por mais que não haja nenhum indicador de data, fica nítido que Paradise se passa em um tempo muito mais próximo ao que vivemos agora, deixando um alerta. A nova série de ficção científica do Disney+ acaba de estrear com três episódios já disponíveis para streaming.

Criada por Dan Fogelman, o showrunner por trás do sucesso de This is Us, Paradise tem como cenário uma comunidade habitada pelas personalidades mais influentes dos Estados Unidos. A tranquilidade reina na cidade, mas tudo muda quando o presidente Cal Bradford (James Marsden) é encontrado morto em seus aposentos. Quem está no centro dessa fatalidade chocante é Xavier Collins (Sterling K. Brown), o segurança pessoal do presidente e o primeiro a se deparar com o corpo.

Estando no topo da lista de suspeitos, Xavier é submetido a uma investigação profunda e um interrogatório intenso que escondem uma conspiração gigantesca. Ele descobre que não pode mais confiar em pessoas que considerava seus aliados e, para encontrar justiça e proteger sua família, ele precisará colocar toda sua coragem e senso de justiça à prova.

O AdoroCinema teve a oportunidade de conversar com os atores Sterling K. Brown, James Marsden e Julianne Nicholson em uma entrevista exclusiva sobre a missão de contar uma história com tantas camadas.

O trio de protagonistas é unânime ao destacar que só foi possível abraçar o drama, o sci-fi e o suspense político graças às nuances pensadas por Fogelman:

“Voltar a trabalhar junto com Dan não poderia ter sido uma decisão mais fácil para mim, porque eu amo o cara, amo a sua arte e a sua humanidade. E o que ele conseguiu criar desta vez é completamente diferente do que fizemos em This Is Us, mas cada parte foi tão emocionante quanto foi da primeira vez”, atesta Sterling K. Brown, que venceu o Emmy por seu trabalho como Randall Pearson em 2017.

Disney+

James Marsden encara sua primeira colaboração com o showrunner como uma oportunidade de ouro, tendo em vista que já era fã de This is Us e foi cativado pelo ambiente que Dan constrói no set e pelo material:

“Quando você vê o quão apaixonado ele é por isso, você nunca tem a sensação de que ele quer reciclar alguma ideia antiga. Ele sempre está curioso sobre o que não fez antes e explorando coisas que nunca vimos antes. E eu sinto que, nesta série, temos a oportunidade de fazer isso e ele é o conduíte para isso”, afirma.

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Paradise cativa pelo pelo plot twist e pelo emocional

A proposta da série é fisgar o espectador desde o primeiro minuto e ir tecendo uma trama muito bem entrelaçada com plot twists surpreendentes a cada episódio. A cada cena há detalhes que revelam, aos poucos, que tudo faz parte de um plano maior. Julianne Nicholson, que dá vida a uma bilionária da tecnologia, chama atenção que saber de tudo, no final, trará uma nova perspectiva ao público:

“Eu garanto que a segunda vez que você assistir vai ser divertida, porque é quando você volta já sabendo e nota todos os detalhes, todas as pequenas dicas que nós colocamos lá”, aponta a atriz.

Disney+

Marsden ainda reflete sobre como Paradise se parece com um thriller focado em reviravoltas, mas o “coração pulsante da história” é, verdadeiramente, a humanidade dos personagens diante das circunstâncias extraordinárias na qual eles estão inseridos. Cada um deles é motivado, no fundo, pelo luto, por mais que queiram transparecer que priorizam o controle e o poder. São essas nuances que tornam a experiência muito mais profunda e emocionante, como defende Nicholson:

Eu acho que o uso de flashbacks nos permite conhecer esses personagens desde cedo, antes de nos encontrarmos na situação extrema do presente. Isso nos permite ver a humanidade em cada um deles e mesmo com tanto privilégio, a vida é difícil. E isso nos traz mais empatia para com eles.

O motor da trama é o conflito de Xavier Collins em relação ao seu papel como pai, como profissional, como integrante da comunidade em que vive e como uma peça em um esquema muito maior do que se imagina:

“O luto pode te endurecer e pode te fragilizar e, no caso de Xavier, eu sinto que ele está um pouco paralisado em termos de como se movimentar com sua família em virtude da perda que ele passou. Há um endurecimento, uma queda e, enfim, uma reestruturação na qual ele diz ‘Agora eu tenho que ser de uma certa forma para continuar, para seguir em frente’. Esse personagem tem muitas camadas”, descreve Sterling.

Os três primeiros episódios de Paradise já estão disponíveis no Disney+ e os outros 5 serão lançados semanalmente no streaming.

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