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    Dançarina Imperfeita: Crítica do filme da Netflix

    Acertando o passo.

    NOTA: 3,0 / 5,0

    Levando em conta uma inevitável comparação a Feel the Beat, filme lançado recentemente pela Netflix que também possui a dança como maior atrativo, Dançarina Imperfeita possui uma narrativa mais cativante de se acompanhar. Por outro lado, o filme protagonizado por Sabrina Carpenter carece de mais personalidade no que diz respeito à sua personagem, Quinn. Logo de início, a jovem estudante troca seu maior sonho de vida por outro devido a pressões externas – tomando o caminho contrário ao que Sofia Carson entrega com relação a seguir um só objetivo.

    Comparações a parte, é interessante observar Quinn se soltando (tanto física quanto mentalmente) ao longo de Dançarina Imperfeita. O filme se inicia trazendo uma reflexão pertinente – o que é mais importante: seguir seu plano ou adaptar-se à imagem que os outros querem de você? – durante a entrevista da jovem para a universidade que sempre pertenceu aos seus sonhos. Mesmo se afastando cada vez mais desta questão a partir da introdução de Quinn ao mundo da dança, é compreensível ver o quão libertadora é a nova ocupação da protagonista.

    APESAR DE NÃO ENTREGAR TANTA REFLEXÃO, A NARRATIVA AGRADA PELA LEVEZA E SEQUÊNCIAS MUSICAIS

    Os personagens que rodeiam a rotina de Quinn não chegam a ser tridimensionais, já que seus objetivos e vidas sempre ficam em segundo plano. Mas, dentro das limitações (no caso, os treinamentos e ensaios da equipe criada pela protagonista), a dinâmica funciona bem e traz entretenimento na medida certa. Como o foco em prioridade no roteiro é o crescimento da autoconfiança de Quinn, as sequências de dança vão crescendo em intensidade e sintonia graças a essa característica da personagem que se aflora cada vez mais.

    Com músicas atuais e ideais para compor o tom do filme (como as duas canções de Dua Lipa, por exemplo), Dançarina Imperfeita desenvolve uma história que encontra sua base exclusivamente dentro do universo da dança e centra-se no público teen, gerando situações divertidas sempre que possível. Porém, é evidente que algumas partes que compõem a história não funcionam separadamente. É o caso dos personagens coadjuvantes, como já citado, e a relação de Quinn com sua mãe. O fato de a protagonista ter perdido o pai e, por isso, idealizar a entrada na universidade Duke, se perde em questão de minutos. 

    É bonito ver a evolução de Quinn e a decisão de seguir sua vida em uma área completamente diferente da que planejava, ainda que o contraste entre ambas as escolhas seja bastante confuso de início. Dançarina Imperfeita não repercute alguns assuntos sérios que poderiam ganhar atenção (como a pressão criada pelas universidades), mas ao menos exerce a tarefa de entreter o espectador de forma fluida dentro do esperado – e ainda com o bônus de entregar ótimas sequências coreográficas.

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