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    7 obras que retratam a vida após a morte de maneiras diferentes

    O paraíso pode ser mais tecnológico ou filosófico, dependendo do seu ponto de vista.

    Morrer é uma piada — assim já diriam diversos poetas e pensadores que datam dos mais distantes séculos até o momento atual. Uma circunstância desconhecida que nos tira a vida sem a menor certeza daquilo que nos aguarda à frente. No entanto, algumas obras ficcionais já se arriscaram a criar os próprios "paraísos", por assim dizer, aflorando a imaginação dos espectadores.

    Seja o "além" um universo tecnológico, celestial ou até mesmo existencialista, o fato é que os humanos já gastaram um tempo considerável debatendo, tentando prever e analisando as possíveis conjecturas que nos levariam a entender exatamente o que é que nos aguarda na tão cobiçada vida após a morte. 

    Pensando nisso, o AdoroCinema separou 7 produções que tratam do assunto de maneiras bastante diferentes entre si, passando por visões mais idealistas, até mais "automatizadas" e, por fim, mais religiosas. Vamos lá.

    UPLOAD

    Upload é ambientado em um futuro em que os seres humanos são capazes de "carregar" a si mesmos em sua escolha preferida de vida após a morte. Quando Nathan (Robbie Amell) encontra sua morte prematura, ele é recebido por Nora (Andy Allo) em sua versão do céu. Enquanto Nathan se acostuma a viver longe de seus entes queridos, Nora luta para permanecer trabalhando ao lado de Nathan após a morte.

    A série traça alguns paralelos entre a maneira como a nossa tecnologia vai avançando e a forma como, em um futuro desconhecido, é possível que alguns seres humanos com dinheiro o suficiente consigam viver para sempre, porém tornando-se... dados de internet. A série está atualmente na Amazon Prime Video.

    Upload: Crítica da 1ª temporada

    THE GOOD PLACE

    Eleanor Shellstrop (Kristen Bell) está morta. Acontece que, após sua partida, ela foi enviada ao "Good Place" - ou "Lugar Bom" -, um lugar de eterna felicidade destinado às pessoas que fizeram o bem durante suas vidas. Lá, todos são bons e encontram as suas almas gêmeas, com quem passarão o resto da eternidade. Mas tudo isso não passa de um acidente: Eleanor não merece estar lá. E agora, será que ela vai conseguir esconder a verdade de Michael (Ted Danson), que coordena a vizinhança, ou será eventualmente enviada ao "Bad Place"?

    Os fãs da série sabem muito bem das "armadilhas" que The Good Place prega no espectador, mas não daremos spoilers aqui. The Good Place não apenas mostra o paraíso, mas também explica categoricamente como ele funciona através de um sistema de pontos no qual atitudes ruins e boas são classificadas e você precisa ter uma pontuação mínima para entrar.

    VIVA: A VIDA É UMA FESTA

    Miguel é um menino de 12 anos que quer muito ser um músico famoso, mas ele precisa lidar com sua família que desaprova seu sonho. Determinado a virar o jogo, ele acaba desencadeando uma série de eventos ligados a um mistério de 100 anos. A aventura, com inspiração no feriado mexicano do Dia dos Mortos, acaba gerando uma extraordinária reunião familiar.

    Lembre de mim... pois eu tenho que partir! Quem chorou com Viva: A Vida é uma Festa sabe que, por mais que tenhamos visto só um pouco do "outro lado" já foi o suficiente para entender como a vida e a morte podem estar mais conectados do que parece, justamente sendo esta a proposta do filme.

    SAN JUNIPERO (BLACK MIRROR)

    Black Mirror explora sensações do mal-estar contemporâneo e o criador Charlie Brooker costuma antecipar algumas tendências. Cada episódio conta uma história diferente, traçando uma antologia que mostra o lado negro da vida atrelada à tecnologia. Em San Junipero, duas meninas vivem e se apaixonam no "Paraíso" que na verdade é modelado enquanto suas consciências estão em "cookies" de computador após seus corpos terem morrido.

    Parecido com Upload, este episódio que inclusive é vencedor de Emmy mostra a vida após a morte de maneira que o falecido possa escolher dentre várias décadas da humanidade para vivenciar, como se fossem todos cenários de uma espécie de jogo interativo.

    Black Mirror: Crítica da terceira temporada

    THE DISCOVERY

    Após comprovar cientificamente a existência de vida depois da morte, um cientista vê sua descoberta liberar um verdadeiro caos em meio a população, causando uma onda de suicídios. Em meio a este turbilhão, seu filho se apaixona por uma mulher que tem um passado marcado por eventos trágicos.

    Assumindo um forte ar de melancolia, The Discovery mostra uma vida após a morte tão triste quanto a própria existência em alguns momentos. Lá, os humanos simplesmente revivem momentos de suas vidas com diversos propósitos e questões diferentes ainda a serem descobertas dentro deste contexto.

    FOREVER

    June (Maya Rudolph) e Oscar (Fred Armisen) são um casal do subúrbio da Califórnia. Eles levam uma vida confortável, mas previsível, há doze anos. Todos os dias eles fazem as mesmas coisas, têm a mesma conversa e vão aos mesmos lugares. Mas depois que June sugere que eles façam uma viagem para esquiar, os dois se encontram em um território completamente desconhecido.

    É difícil falar de Forever e a razão pela qual a vida após a morte é explorada na série sem dar spoiler, mas garantimos que vale a pena saber pouco. Infelizmente cancelada pela Amazon Prime em seu primeiro ano, a série conta com uma temporada bem interessante e peculiar.

    NOSSO LAR

    Em Nosso Lar, ao abrir os olhos André Luiz (Renato Prieto) sabe que não está mais vivo, apesar de ainda sentir sede e fome. Ao seu redor ele apenas vê uma planície escura e desértica, marcada por gritos e seres que vivem na sombra. Após passar pelo sofrimento no purgatório, André é levado para a cidade de Nosso Lar. Lá ele tem acesso a novas lições e conhecimentos, enquanto aprende como é a vida em outra dimensão.

    Dissecando a vida após a morte segundo o livro Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier através do espírito André Luiz, o filme mostra a visão mais religiosa da lista, mas ainda assim oferecendo uma visão bastante diferente da convencional, sendo uma boa pedida para os que querem tentar algo do gênero.

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