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    Música para Cortar os Pulsos: Maria Gadú e diretor Rafael Gomes falam sobre as diferenças da peça para o filme e a importância da trilha sonora (Visita a set)

    O AdoroCinema acompanhou um dia das filmagens, que acontecem em São Paulo.

    Música Para Cortar Os Pulsos é a peça teatral que fez sucesso nos circuitos de São Paulo e em boa parte do Brasil desde 2010. Sob a mesma direção de Rafael Gomes, a obra vai virar filme com uma forte presença musical não apenas na trilha, mas dentro da história. Uma dessas presenças será Maria Gadú, que vai registrar uma nova versão de "Trovoa" junto ao compositor Maurício Pereira.

    "Se a gente considerar que a minha primeira vontade era fazer um filme e depois virar uma peça, até que demorou muito para voltar a ser filme", destacou o diretor em entrevista ao AdoroCinema, que visitou as filmagens em São Paulo. "No teatro eram três monólogos e os personagens estavam falando sobre coisas que eles já tinham vivido, então o texto era todo no passado. O filme é no presente."

    Música Para Cortar... acompanha as histórias amorosas de três jovens em seus vinte e poucos anos, "provando que na vida, como nas canções de amor, só os clichês são verdade. Isabela (Mayara Constantino) sofre de um coração partido, Felipe (Caio Horowicz) quer desesperadamente se apaixonar, e Ricardo (Victor Mendes), seu melhor amigo, está apaixonado por ele", descreve a sinopse oficial.

    Embora o título traga a referência óbvia da forte presença musical na trama, a produtora executiva Diana Almeida destaca que o filme não é 'apenas' isso: "A ideia é [...] que ele não falasse só de música, [e sim] dessas pessoas que usam filmes, livros, peças e músicas para entender e decifrar o que estão sentindo."

    Soa familiar?

    Com uma trilha sonora que vai "de ópera a Fafá de Belém cantando uma música de rasgar coração", a composição passa também por Tim Bernardes, vocalista da banda O Terno agora apostando também na carreira solo, além de Cazuza, The Smiths e, é claro, Maria Gadú.

    "Esse arco eclético é muito importante para falar com muita gente", destaca Rafael Gomes. "O meu maior desejo é que um jovem que talvez nunca tenha tido um contato muito grande com música do Maurício, por exemplo, descubra porque viu o filme." 

    Sobre sua própria participação, Gadú revela que já conhecia a peça desde 2012, e que aceitou o convite na hora que o recebeu. "Essa música é muito emblemática, e é curioso porque eu assisti a peça com o Marcos Preto em 2012, e foi ele quem me apresentou essa música."

    "Sou muito fã dele", continuou falando de sua relação com Maurício Pereira. "É a segunda vez que cantamos essa música juntos. A primeira foi no show dele, [a segunda é] agora. E foram versões completamente diferentes, tanto que estamos chamando ela agora de '50 Tons de Trovoa'", brinca. "Eu acho que a graça dessa música é isso: ela é solta, fala de mil sensações diferentes que batem cada hora de um jeito."

    Divulgação

    Mas para além da música, o diretor e a produtora destacam o papel essencial das próprias locações para construção narrativa de Música Para Cortar Os Pulsos: "A cidade de São Paulo é um personagem do filme", afirma Almeida. "Estamos filmando em locações muito lindas. Vamos filmar no MASP, e já filmamos em uma quadra de basquete da Câmara Municipal, no Viaduto Santa Efigênia... ela tem uma presença muito forte."

    Gomes completa: "Eu vejo o filme como muito universal, de verdade. Tudo o que tentamos buscar de específico em São Paulo ocorre porque ali também existe uma coisa que explode para todos os outros lugares", finaliza.

    Confira a entrevista completa no vídeo acima. Música Para Cortar Os Pulsos, por enquanto, não tem data de estreia.

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