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    10 tubarões marcantes da história do cinema

    A criatividade humana não conhece limites quando se trata de filmes de tubarões.

    SHARKNADO

    Há um antes e um depois do divisor de águas que é Sharknado. Não que a obra-prima de Anthony C. Ferrante tenha sido o primeiro exemplar dos filmes trash de tubarões - muito pelo contrário, aliás, como bem provam todas as "continuações" bizarras e de baixa qualidade de Tubarão. Mas o que o terror de baixíssimo orçamento conseguiu manejar com mais habilidade não foi nenhuma capacidade cinematográfica em si, mas a atenção dos espectadores nas redes sociais; e estes, encantados pelas maravilhas absurdas de Sharknado, transformaram o longa em um verdadeiro fenômeno da internet - o quinto longa, inclusive, Voracidade Globalquase destronou a super popular Game of Thrones no Twitter. Absurdamente hilário, incrivelmente malfeito e harmonicamente ridículo, Sharknado trouxe um foco inédito ao seu subgênero e gerou uma série de quatro sequências que, de forma impressionante, conseguem dobrar a insanidade demonstrada por cada filme anterior. É seguro dizer que não há nada como esta louca obra na história do cinema - quem mais pensaria em unir tornados e tubarões? Sharknado, no fim das contas, está para Tubarão assim como uma pastelaria chinesa está para um finíssimo restaurante francês - comer no primeiro tipo de estabelecimento faz mal, mas quem é que não gosta daquele bom e velho pastel chinês de aparência duvidosa, não é mesmo?

    MEGA SHARK

    Sharknado, no entanto, não existiria sem Monstros Marinhos, o primeiro filme da saga Mega Shark, franquia sobre um tubarão gigante que devora tudo que encontrar pela frente. Lançado em 2009, o longa tornou-se conhecido quando milhões de pessoas visualizaram o trailer no site da MTV e no YouTube. Como estreou antes do boom das redes sociais ao redor do mundo, o imenso predador não conquistou a mesma base de fãs dos tornados de tubarões - no entanto, Monstros Marinhos já deu origem a mais três sequências até agora. A humanidade pode tentar, custe o que custar, mas impedir o Mega Shark parece ser impossível - em Mega Shark vs Kolossus, inclusive, o Cristo Redentor explode ao ser atingido por um submarino arremessado pelo grande tubarão em uma batalha contra o robô soviético que foi acordado pelos americanos para tentar salvar a humanidade. Mesmo após a Queda do Muro de Berlim, parece que só o Mega Shark é capaz de unir os Estados Unidos e a Rússia em prol de um mesmo objetivo. Um crítico chegou a dizer que o tenebroso Plano 9 do Espaço Sideral, clássico cult dos filmes ruins, é uma obra-prima quando comparado a Monstros Marinhos. Mas ele certamente está errado: Mega Shark é incrível.

    AVALANCHE DE TUBARÕES

    Inexplicavelmente, um bando de jovens adultos decide passar as férias em uma estação de esqui e logo todos começam a tirar as roupas como se fosse o verão. Como não há motivo para não explorar a nudez em um filme trash, as coisas ficam ainda mais interessantes quando um tubarão que se movimenta debaixo da neve decide atacar o grupo de turistas. Mas o predador importado dos mares para as montanhas nevadas é apenas o primeiro de uma... avalanche de tubarões convocada pelos índios que viviam naquela região e que agora querem vingança e retribuição por perderem as terras de seus ancestrais. Assim é Avalanche de Tubarões. Todas as palavras mais esdruxúlas do dicionário certamente não são boas o bastante para descrever a profundidade intelectual desta obra-prima às avessas: só vendo para crer.

    SHARK EXORCIST

    Existem muitas produções que poderiam ter entrado na lista, incluindo o "genial" Choque de Tubarões, que merece uma menção honrosa por apresentar um tubarão que aparentemente sabe manejar a eletricidade tão bem quanto um Thor ou a Tempestade dos X-Men. Mas o quarto tubarão bizarro da seleta compilação não poderia ser outro senão este, aquele que talvez seja - apesar da fama de Sharknado - o ápice do sharkxploitation, e justamente por causa de sua insanidade pura: Shark Exorcist, "protagonizado" por um tubarão demoníaco que tem a capacidade de possuir o corpo de banhistas - particularmente mulheres. Esta atrocidade da sétima arte - onde foi parar a arte, aliás? - mostra o que teria acontecido se William FriedkinSteven Spielberg tivessem fundido seus corpos em uma só bisonha mistura e os roteiros de O Exorcista e Tubarão tivessem se misturado, página a página. É preciso praticamente ser um "gênio do mal" para desenvolver o quase criminoso entretenimento que é Shark Exorcist.

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