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    Cinecittà, a Hollywood italiana, será reaberta pelo governo

    O enorme complexo produtor cinematográfico foi a casa de cineastas como Federico Fellini e Sergio Leone.

    Hollywood no Tibre: este é o apelido pelo qual a Cinecittà, um dos maiores complexos produtores cinematográficos de todos os tempos, ficou conhecida nos anos 1950. À época, inúmeras obras (tanto italianas, quanto hollywoodianas) foram rodadas às margens do rio que corta a cidade de Roma - o Tibre -, no imenso lote de estúdios de gravação construídos em 1937 pelo ditador Benito Mussolini, que acreditava que o cinema era a "arma mais poderosa". E agora, após passar uma década à beira da falência, a Cinecittà, casa de clássicos como A Doce VidaBen-Hur e Era Uma Vez no Oeste, voltará com força total.

    De acordo com informações da Variety, o governo italiano investirá US$ 74 milhões (aproximadamente R$ 235 milhões) em uma obra de três anos para revitalizar e reconstruir o gigantesco e icônico estúdio. Após ter passado mais de 10 anos sob uma malsucedida administração privada, a Cinecittà retornou ao comando estatal em julho de 2017 e, através da reforma, ganhará novas instalações de produção - dois lotes de mais de 34 mil metros quadrados -; um novo museu; um laboratório de restauração de películas e de pós-produção; e até mesmo um local voltado para a criação e desenvolvimento de video games e de obras em Realidade Virtual. Também serão conduzidas reformas nos lotes mais danificados, como o de número 5 - a unidade de produção oficial do lendário Federico Fellini -, que sofreu danos em um incêndio nos idos de 2012, e o de número 7, destruído ainda na época da Segunda Guerra Mundial.

    Desse modo, com a revitalização da Cinecittà e a nova legislação que deve ser votada nos próximos meses, as autoridades da agência cinematográfica da Itália calculam que o mercado da sétima arte nacional receba um impulso financeiro de quase € 400 milhões por ano - ou, mais ou menos, a "bagatela" de R$ 1,5 bilhão. Contando com as produções já em desenvolvimento - como a versão televisiva de O Nome da Rosa, estrelada por John Turturro, e o filme da Netflix sobre o Papa Francisco dirigido por Fernando Meirelles - e as outras obras que devem ser rodadas na Cinecittà nos próximos anos, os novos responsáveis pelo estúdio esperam atingir margem de lucro já a partir de 2020.

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