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    Oscar 2016: Charlotte Rampling diz que protesto em prol de diversidade é "racista contra os brancos"

    Atriz de 45 Anos diz que ninguém pode ser indicado por ser negro. Michael Caine faz coro, mas se surpreende por não terem lembrado de Idris Elba.

    Charlotte Rampling parece ter sepultado suas chances de vitória no Oscar 2016. A atriz indicada pelo filme 45 Anos fez uma declaração muito controversa em entrevista a uma rádio francesa, transcrita pelo The Guardian. Segundo ela, todo o clamor em prol de diversidade na principal premiação de cinema do mundo é "racista aos brancos". "Nunca se sabe, mas talvez os atores negros não mereceram aparecer na lista final", contextualizou a experiente atriz, de 69 anos.

    O entrevistador ainda perguntou o que ela acha de a Academia introduzir um sistema de cotas — algo que não foi posto em pauta. "Por que classificar as pessoas? Nesses dias, as pessoas são mais ou menos aceitas. As pessoas sempre dizem 'Ele é menos bonito', 'Aquele é negro demais', 'Aquele é branco demais'... Alguém sempre dirá 'Você é muito [isto ou aquilo]'. Mas, será que devemos tirar, a partir disso, que deve haver tantas minorias em todo lugar?", respondeu Rampling.

    Perguntada sobre o fato de os negros serem de fato minoria entre os votantes da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, a resposta foi "Sem comentários". Claro. Talvez aí entre a questão de oportunidade discutida por Viola Davis, e que Rampling parece não enxergar.

    Michael Caine vê a questão de modo mais amplo. Também hoje, o também veterano britânico disse, em entrevista ao The Hollywood Reporter, que vê muitos atores negros atuando, e entregando grandes atuações. Citou o exemplo de Idris Elba, que está "incrível" em Beasts Of No Nation, e perguntou, surpreso: "Ele não foi indicado?". Pois é. Pois não. Mas aí a discussão envolve outros interesses — envolve a Netflix. Algo ainda maior e nada velado...

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