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    Comic Con Experience 2015: Globo tenta reaproximação com público jovem com série Supermax

    The Walking Dead e True Detective são citados como referências.

    Tata Barreto/ Divulgação/ TV Globo

    Numa clara tentativa de fazer as pazes com o público jovem – audiência perdida com a popularização da TV a cabo e, principalmente, internet –, a Rede Globo fechou um slot da Comic Con Experience 2015 para apresentar um novo produto, a série Supermax, do núcleo do diretor José Alvarenga Jr. (O Caçador).

    Estevam Avellar/ Divulgação/ TV Globo

    Uma promo foi preparada especialmente para o evento para apresentar três dos 12 personagens centrais da série, que une atores conhecidos do grande público como Mariana XimenesCleo Pires e outros nem tanto: um lutador de MMA enfurecido; um (ao que tudo indica) médium atormentado; e uma mulher que curte passear por cemitérios (Ximenes).

    Sobre a trama, em si, pouco foi dito - os detalhes estão sendo mantidos em sigilo. Alvarenga comentou apenas que a série é centrada em um reality show fictício (apresentado por Pedro Bial himself) que se passa em um presídio de segurança máxima no meio da Amazônia. O que há em comum entre os participantes é que todos cometeram crimes obscuros no passado. Só que, no primeiro dia de confinamento, toda a ideia do programa de TV cai por terra (floresta e rio).

    Com câmeras fixas (tal qual um "Big Brother"), o clima das imagens é de suspense/ horror, pontuado pela aparição de monstros e um promissor “banho” de sangue (entre aspas porque uma poça do líquido vermelho percorre o caminho inverso, subindo pelas pernas do personagem).

    "Oito jamantas numa rua estreita".

    Já o processo de produção foi mais esmiuçado. “Foi como colocar oito jamantas numa rua estreita”, brincou a roteirista Carolina Kotscho sobre o desenvolvimento do roteiro da série, que se deu no formato conhecido como writers room (processo colaborativo de escrita em que os autores se reúnem de forma e intensiva).

    Divulgação/ TV Globo

    Ela se referia aos companheiros de trabalho, de origem tão díspar quanto inusitada para a TV aberta. De um lado, além de Kotscho, Bráulio Mantovani (Cidade de Deus), Marçal Aquino (O Invasor) e Fernando Bonassi (Os Matadores), todos com passagem pelo canal; do outro, Dennison Ramalho (colaborador de José Mojica Marins), Juliana Rojas (do ótimo Sinfonia da Necrópole), e os escritores Raphael Draccon (autor da trilogia “Dragões de Éter”) e Raphael Montes (do badalado romance “Suicidas”).

    Cada qual, atestou Alvarenga, trouxe a própria bagagem para o projeto – na mochila do diretor, por exemplo, True Detective (primeira temporada, ele fez questão de frisar).

    Supermax é o seriado mais from hell da TV brasileira de todos os tempos”, arriscou o experiente Dennison, que garantiu que a equipe teve liberdade para ousar. Em seguida, provocou a plateia, dizendo que as pessoas vão querer trocar The Walking Dead pelo programa brasileiro.

    O lançamento na CCXP veio acompanhado da distribuição de uma HQ curta, uma espécie de teaser da história, assinada pela dupla Teo Garfunkel e Paulo Garfunkel (este do quadrinho "O Vira-lata"), com arte da Sopa Art.

    Supermax estreia em 2016.

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