
Divulgando A Espiã que Sabia De Menos (Spy, no original) – nova comédia de Paul Feig com Melissa McCarthy como protagonista, que estreia no Brasil na próxima quinta, 4 de junho – a morena comenta o espaço que tem ganhado no cinema, depois de se destacar na TV em Firefly (que rendeu o filme Serenity), Stargate SG-1, explodir como a vilã de V, e ser consagrada com uma indicação ao Emmy pelo papel na badalada Homeland.

AdoroCinema: Você está costumada a papéis densos, muitos deles em ficção científica. Como foi essa transição para a comédia em A Espiã que Sabia de Menos...
Morena Baccarin: ...Como é o título do filme em português?
A Espiã que Sabia de Menos, um trocadilho com O Espião que Sabia Demais...
[risos]
... E contracenar com a Melissa McCarthy?
Eu fiz algumas coisas de comédia em televisão, mas, pra mim, como atriz, foi uma maravilha fazer outro tipo de filme. E não foi a transição o mais difícil, e sim a expectativa. Eu estava com um pouco de medo porque não sabia exatamente como ia ser, mas trabalhar com a Melissa McCarthy e com o Paul Feig foi maravilhoso, eles são muito engraçados e colaboram muito bem, improvisam piadas, então, foi divertido.
Quem é o personagem no filme?
O meu personagem se chama Karen Walker, uma espiã da CIA e ela é tipo superbonita, que faz bem o trabalho, mas aí no final do filme, você vê que tem um outro lado.

Eu volto pra segunda temporada, mas por enquanto a gente não sabe exatamente qual vai ser a história. Eu estou com ele agora [com o Gordon]. No final da primeira temporada acabamos juntos. Mas eu não sei exatamente qual vai ser o meu envolvimento com o programa.
Em Deadpool, você disputou o principal papel feminino com várias atrizes: Taylor Schilling, Sarah Greene, Rebecca Rittenhouse, Crystal Reed e Jessica De Gouw. Qual foi sua arma secreta para vencer a disputa?
Para mim, é difícil responder, mas eu sei que eu fiz o que eu podia. Completei a minha missão, igual a Karen Walker faria [risos], e eu me identifiquei com o personagem, achei o superlegal, bem forte, e eles gostaram. Era uma coisa que era pra ser, acho.
Mas como foi o teste?
Eu entrei no personagem e entrei naquela sala do jeito que ela faria. Ela é uma pessoa bem forte, tipo aquela menina que consegue lidar com homens difíceis ou com situações difíceis, não tem medo, é engraçada também, e eu entrei assim. E eles viram que eu ia conseguir segurar o filme.
O Ryan Reynolds disse recentemente que o filme está sendo feito de um modo que possa agradar o mais crítico fanboy. Você interpretará Vanessa Carlysle/ Copycat, que conheceu o Wade Wilson quando era prostituta [e, quando é dispensada por ele, vira uma mercenária em busca de vingança]. Esse background será mantido?
Eu não posso falar muito disso, eles não querem que a gente revele ainda, aliás eu nem podia ter revelado o meu personagem, mas eu não sabia. Eu revelei no Twitter, mas não era pra ter revelado [Morena Baccarin (não) fala sobre Deadpool], mas o filme começa do início da história deles – eu vou falar só isso, pronto.

Eu li o roteiro, eu gostei muito do projeto, mas não estava certo de que eu ia participar – eu não sei porque isso foi publicado. Adoraria trabalhar com ela, adoraria trabalhar no Brasil, mas não foi o projeto certo pra mim. Eu estava com outro projeto para fazer e não deu para agendar.
Como avalia a abertura do mercado americano para os latinos?
Eu acho que é difícil. Eu tive a oportunidade de crescer aqui, então, eu não tenho sotaque falando inglês. E aqui tem muito disso. Se você tem sotaque, você só pode fazer um tipo de personagem. Então, esse mercado tem que se abrir um pouco mais, eu acho, para os estrangeiros conseguirem trabalhar melhor aqui.
Você já é uma celebridade da TV nos Estados Unidos. Tem vontade de fazer mais filmes?
Adoraria fazer mais filme, mas é bem difícil. Para cada filme que lançam, talvez tenha um personagem feminino que seja bom – e [mesmo assim] nem sempre. Então, realmente é uma competição muito grande e nem sempre é um personagem que você quer fazer, então, é difícil achar um projeto bom.