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    Paulínia 2013: Último dia do festival traz debate sobre coproduções e o belo O Menino e o Mundo

    O drama Tatuagem, dirigido por Hilton Lacerda, também foi exibido no último dia do Paulínia Film Festival 2013.

    por Bruno Carmelo

    O último dia do Vº Paulínia Film Festival trouxe plateias lotadas, dois ótimos filmes e mais dois interessantes workshops. Um debate sobre as coproduções na televisão foi organizado pela manhã, com a presença dos produtores Leonardo M. Barros (Conspiração Filmes) e Fabiano Gullane (Gullane Entretenimento), além do espanhol Carlos Cuadros, consultor sobre indústria do cinema e do audiovisual e antigo diretor do ICAA (órgão equivalente à ANCINE na Espanha).

    Embora o tema proposto fosse a televisão, a grande experiência dos palestrantes em cinema conduziu o debate para uma discussão sobre as vantagens e desvantagens da coprodução estrangeira de filmes. Leonardo Barros comentou que a coprodução é "como um relacionamento", em que se entra sem saber o que esperar. Carlos Cuadros apresentou uma visão mais militante, acreditando que a produção entre vários países permite fazer filmes maiores, com maior potencial de mercado e com possibilidades de barrar o domínio americano nos cinemas. Já Fabiano Gullane comemorou o ano de 2013, em que quase 25% dos ingressos foram vendidos para filmes nacionais, e ressaltou que as coproduções meramente financeiras, ou seja, aquelas em que se convida outro país apenas para conseguir mais dinheiro, é vista com maus olhos no Brasil.

    À tarde, foi ministrado o último workshop do evento, com o diretor especializado em efeitos especiais Mark A.Z. Dippe (Spawn, o Soldado do Inferno). Ele apresentou seu trabalho com efeitos visuais em alguns filmes pioneiros da indústria, como O Segredo do Abismo, O Exterminador do Futuro 2 - O Julgamento Final e Jurassic Park - Parque dos Dinossauros. O cineasta explicou detalhadamente como foram realizadas as cenas de efeitos especiais, com a ajuda de vídeos dos bastidores, trechos das produções e fotos das filmagens.

    Logo após, o Theatro Municipal de Paulínia recebeu centenas de crianças para a exibição de O Menino e o Mundo. Em presença do diretor Alê Abreu, o público descobriu uma animação emocionante e bastante complexa, fazendo referência à pobreza no Brasil, ao regime militar e ao desemprego, sempre em tons lúdicos. À noite, o drama Tatuagem, em cartaz em diversas cidades do Brasil, também foi projetado, como último filme do festival.

    Menino e o Mundo

    A cerimônia de encerramento, apresentada por Ailton Graça e Zezé Motta, concluiu as atividades desta edição enxuta do Paulínia Film Festival. Para 2014, os produtores já estão trabalhando em uma versão mais longa, com filmes internacionais, prevista para o meio do ano.

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