Hoje no streaming: Este sucesso global arrecadou 74 vezes (!) seu orçamento e ganhou duas continuações

Ninguém dava crédito à sua história, até que Tom Hanks decidiu investir seu próprio dinheiro no projeto.

Apesar de a memória popular acreditar que os cinemas no início dos anos 2000 eram dominados apenas pelo lançamento de grandes franquias de fantasia e ficção, essa ideia pode ser um tanto enganosa. Na verdade, essa época também ficou marcada pela explosão de diversas comédias românticas, que aos poucos se tornaram clássicos definitivos.

Entre elas, em 2002, a surpreendente e engraçada Casamento Grego rapidamente evoluiu de uma dica de nicho para um fenômeno global nas telas e, depois, para um sucesso nos lares.

Qual a origem de Casamento Grego?

A história por trás do filme é ainda mais curiosa. Escrito pela protagonista Nia Vardalos, dirigido pelo especialista em sitcoms Joel Zwick (Family Matters; Três é Demais) e produzido pelo casal Tom Hanks e Rita Wilson, Casamento Grego nasceu no palco. A primeira versão era um monólogo de cerca de 45 minutos, no estilo stand-up — uma narrativa contínua interpretada por uma única mulher. Vardalos se apresentava principalmente em centros comunitários de igrejas ortodoxas gregas pela América do Norte.

A estrela de Noiva em Fuga, Rita Wilson, que também tem raízes gregas, viu uma dessas performances em Los Angeles. Encantada, ela levou o marido, Tom Hanks, para assistir na noite seguinte.

Hanks e sua produtora, a Playtone, logo entraram em contato com Vardalos com a proposta de transformar a peça em um filme. Quando o astro de Forrest Gump descobriu que a história era baseada nas vivências da autora com sua família em Winnipeg, no Canadá, não teve dúvidas: a própria Nia, então desconhecida no cinema, deveria interpretar o papel principal.

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Dois anos depois, o roteiro finalizado por ela estava pronto, e as filmagens começaram em Chicago. John Corbett, queridinho dos fãs de Sex and the City, foi escalado como o interesse romântico, enquanto os coadjuvantes foram interpretados em sua maioria por atores de origem grega, como Michael Constantine, Louis Mandylor e Gia Carides.

Inicialmente, o filme foi lançado apenas em cidades dos EUA com forte comunidade grega. Mas o apelo da comédia ultrapassou fronteiras, e Casamento Grego logo conquistou o país — e depois o mundo. Ao final da exibição, arrecadou 370 milhões de dólares nas bilheterias, 74 vezes seu orçamento, o que anos depois garantiu mais duas sequências, nem tão inovadoras quanto o original, mas ainda divertidas.

Essa é a história de Casamento Grego:

Toula Portokalos (Nia Vardalos) tem 30 anos, mora com os pais e se considera "invisível". Trabalha como garçonete no restaurante da família, um típico local imigrante grego em Chicago, e passa despercebida por todos. Sua mãe (Lainie Kazan), seu pai (Michael Constantine) e toda a parentada vivem preocupados com o fato de ela ainda não ter um marido.

Tudo muda quando ela conhece Ian Miller (John Corbett), o homem dos seus sonhos. A tímida Toula se transforma em uma mulher confiante, troca o restaurante por um emprego na agência de viagens da tia (Andrea Martin) e reencontra Ian, um professor charmoso. Os dois se apaixonam, mas há um obstáculo: ele não é grego nem ortodoxo.

O pai de Toula fica chocado e tenta proibir o romance. Aos poucos, Ian conquista a família com simpatia — até que seus próprios pais conservadores (Fiona Reid e Bruce Gray) criam novas confusões. Quando a dupla decide se casar, um verdadeiro choque cultural ameaça essa união.