É praticamente impossível superar a genialidade criada por Robert Zemeckis, Bob Gale e Steven Spielberg em 1985. De Volta para o Futuro é um clássico absolutamente atemporal, repleto de pequenos toques que levam em conta as mudanças sutis que ocorrem quando você viaja no tempo.

Há todo tipo de exemplo após o retorno de Marty McFly a 1985 no final do filme, seja a placa do estacionamento mudando para Lone Pine Mall, toda a sua família tendo mudado para melhor ou ele ganhando um carro novo. Entretanto, mais uma mudança acontece assim que o protagonista retorna à sua linha do tempo e isso faz todo o sentido.
Vale lembrar que na noite de 1955, quando o Dr. Emmett Brown devolveu Marty, ele subiu no relógio da prefeitura e quase caiu ao tentar conectar os cabos para que o raio atingisse o DeLorean. Tanto que uma parte cede e a pedra cai, criando um risco enorme à segurança do cientista. Felizmente, ele consegue escapar e atinge seu objetivo final.
Após a sequência em que o carro evapora, Zemeckis nos dá uma cena do relógio e do helicóptero sobrevoando-o, confirmando que estamos em 1985 novamente. É aí que podemos ver que, assim como o governo de Hill Valley nunca consertou o dispositivo, ele também não destinou um único dólar do orçamento da cidade para consertar a maldita parte que desmoronou e quase custou a vida de Doc.

A cena pode passar despercebida pela emoção do momento e pelo veículo passando pelo ar, mas inclui um detalhe que mostra que eles pensaram em tudo com De Volta para o Futuro. Ao longo da trilogia, podemos perceber que a cada salto temporal, há pequenas referências que indicam que a passagem dos protagonistas tem sua influência, assim como é mostrado que em Hill Valley, o passado e o futuro convergem continuamente.