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    "Um melodrama comovente sobre como nos apressamos em julgar": Esta obra-prima brilhou em Cannes e, agora, chega ao Festival do Rio 2023
    Nathalia Jesus
    Nathalia Jesus
    -Redatora e crítica
    Jornalista apaixonada por cinema, televisão e reality show duvidoso. Grande entusiasta de dramas coreanos e tudo o que tiver o dedo de Phoebe Waller-Bridge.

    O filme foi proclamado vencedor na categoria de Melhor Roteiro da última edição do Festival de Cannes e conta uma história fraturada sob diversos pontos de vista.

    Se existe um diretor mestre em retratar o ser humano em sua grandeza e miséria, sem cair no maniqueísmo do bem e do mal, é Hirokazu Kore-eda. O cineasta japonês é tremendamente prolífico: desde que ganhou a Palma de Ouro em Cannes 2018 com seu filme Assunto de Família, dirigiu mais três filmes, duas séries de TV e um curta-documentário.

    Um desses filmes é Monster, seu melhor título desde o já citado Assunto de Família e que foi, mais uma vez, vencedor no Festival de Cannes em 2023, desta vez, levando para casa o prêmio de Melhor Roteiro, escrito por Yuji Sakamoto. O longa-metragem chegará ao Brasil pela primeira vez pelo Festival do Rio, que acontecerá entre 5 e 15 de outubro.

    Monster
    Monster
    Data de lançamento 1 de março de 2024 | 2h 07min
    Criador(es): Hirokazu Kore-eda
    Com Sakura Andô, Eita Nagayama, Soya Kurokawa
    Usuários
    4,0
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    Qual é o enredo de Monster?

    A história de Monster, mais uma vez, segue a trilha humanista dos trabalhos anteriores do cineasta japonês. Na trama, uma mãe começa a suspeitar que as coisas com seu filho, chamado Minato, não estão indo tão bem quanto deveriam. O responsável pelo desconforto de Minato é sua professora e, quando sua mãe descobre isso, ela aparece na escola pedindo explicações. No entanto, como de costume nos filmes de Hirozaku Kore-eda, nada é o que parece.

    A aliança entre Kore-eda e Sakamoto deu bons frutos. O diretor sempre quis trabalhar com o roteirista e, quando descobriu que os produtores Kawamura e Yamada Kenji haviam começado a desenvolver o que mais tarde se tornaria Monster, ele não hesitou em aceitar a tarefa.

    Além disso, chegou num momento de crise pessoal: Kore-eda teve a sensação de ter chegado ao limite na criação de seus próprios roteiros e personagens. Nas próprias palavras de Kore-eda, "Sakamoto criou muitos personagens que eu talvez não fosse capaz de criar. Então fiquei muito feliz quando eles me procuraram com o projeto".

    Filme elogiado por críticos de todo o mundo

    Os críticos internacionais elogiaram muito o trabalho de Kore-eda . Por exemplo, David Ehrlich, crítico do IndieWire, garante que Monster é "um melodrama comovente sobre como nos apressamos em julgar". Por sua vez, Theresa Lacson, do Collider, garante que se trata de uma "história cuidadosa, cheia de reviravoltas ocultas que se revelam com o tempo e a paciência".

    Luis Martínez, do El Mundo, alude à intenção do autor de não julgar ninguém ao contar suas histórias:"“Brilhante Kore-eda contra, a favor e apesar da família, um drama virtuoso e labiríntico com a alma de um quebra-cabeça, um filme semelhante a um relógio atômico, prodigioso em seu virtuosismo e perfeição."

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