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    Mel Gibson perdeu a oportunidade de ganhar 25 milhões: Seus escândalos o impediram de voltar à saga que lhe deu fama
    Lucas Leone
    Lucas Leone
    -Redator | Crítico
    Lucas só continua nesta dimensão porque Hogwarts ainda não aceita alunos brasileiros. Ele até tentou ir para Westeros ou o Condado, mas perdeu a hora do Expresso do Oriente. Hoje, pode ser visto escrevendo no Central Perk mais próximo.

    O ator poderia ter estrelado o quarto filme da franquia ao lado de Charlize Theron, mas isso nunca aconteceu.

    O que não faltam em Hollywood são oportunidades de ouro perdidas. Mel Gibson está entre esses casos, apesar de parecer uma estrela fortemente consolidada para fracassar. Acontece que suas más decisões o tiraram de um de seus melhores trabalhos: Mad Max.

    Gibson ganhou fama graças ao papel do herói mal-humorado e bruto na saga de ação do diretor George Miller. Após os três primeiros filmes, lançados entre 1979 e 1985, ele ficou tão aclamado que podia escolher a dedo suas empreitadas, aventurando-se, com sucesso, atrás das câmeras. Quando um quarto longa da franquia pós-apocalíptica entrou em desenvolvimento, surgiram dúvidas se ele tinha ficado grande demais para isso.

    O que fazer com o papel de Max foi algo que Miller e sua equipe pensaram mil vezes, de acordo com o livro "Blood, Sweat & Chrome: The Wild and True Story of Mad Max: Fury Road" (2022), que narra tudo – desde a génese do projeto até seu lançamento em 2015 e sua consagração como um dos filmes do século. Gibson poderia ter sido o protagonista ao lado de Charlize Theron, mas isso nunca ocorreu.

    Havia, sim, o medo de que o ator estivesse velho para o personagem, e alternativas foram estudadas com alguns nomes em ascensão na época. Apesar disso, Miller foi "pressionado" a trazer de volta Gibson, que teve que ser convencido porque, como dissemos, estava no topo da indústria. Em uma reunião com ele, conseguiram deixá-lo empolgado com o que o longa poderia ser, e acabaram chegando a um acordo para fazer Mad Max 4.

    Roadshow Film Distributors
    Mel Gibson em cena do primeiro Mad Max, de 1979.

    Era um negócio bastante lucrativo também. Gibson receberia um salário de US$ 25 milhões para protagonizar a obra, que teria um orçamento robusto de US$ 100 milhões. Tudo parecia estar indo bem, mesmo que várias complicações tenham atrasado o início da produção. No entanto, com o passar dos anos, polêmicas começaram a se acumular em torno de Gibson.

    Em 2006, ele foi parado por dirigir alcoolizado e, ao ser detido, pôde ser ouvido fazendo comentários antissemitas. Na ocasião, Mad Max 4 estava em hiato enquanto Miller terminava a animação Happy Feet, e assim permaneceu até que Gibson limpasse sua imagem pública. Nesse meio-tempo, dedicou-se a outros projetos, como uma tentativa fracassada de levar Liga da Justiça aos cinemas.

    Em 2010, Gibson estava pronto para retornar em grande estilo. Porém, um novo escândalo estourou quando sua então namorada, Oksana Grigorieva, o acusou de violência doméstica. Vazaram até 5 gravações de telefonemas em que o ator a ameaçava. Depois disso, ninguém da equipe quis saber dele. Miller comenta no livro que, naquelas gravações, Gibson "estava completamente fora de controle. Havia algo profundamente enraivecido. E eu fiquei atordoado".

    Somado ao fato de que Gibson estava em uma idade mais avançada, isso fez com que a busca por um novo Max se tornasse imperativa para a realização de Mad Max: Estrada da Fúria. No fim, Tom Hardy assumiu o papel, e o resultado, como sabemos, foi definitivo.

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