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    Uma questão de bolas: foi assim que James Cameron resolveu um dos principais problemas de filmar cenas debaixo d'água em Avatar 2
    Bruno Botelho dos Santos
    Bruno Botelho dos Santos
    -Redator | crítico
    Bruno é redator e crítico do AdoroCinema, que divide seu tempo na cultura pop entre tomar susto com os mais diversos filmes de terror, assistir os clássicos do cinema ou os grandes blockbusters e enaltecer o trabalho de David Lynch e Stanley Kubrick.

    Mesmo com um orçamento altíssimo, Avatar: O Caminho da Água usou uma solução simples (e inusitada) para conseguir filmar suas cenas debaixo d'água.

    Avatar: O Caminho da Água oferece um dos espetáculos audiovisuais mais impressionantes que passaram pelos cinemas nos últimos anos, o que foi possível graças ao longo tempo de produção da sequência e seu orçamento. Maior bilheteria de 2022, o filme ocupa atualmente o quarto lugar de maior bilheteria de todos os tempos.

    Seguindo os passos do primeiro filme, Avatar de 2009, que marcou o cinema por causa de seus efeitos visuais revolucionários e tecnologia inovadora em 3D na época, a sequência de James Cameron leva a trama para as profundezas do mar e, por isso mesmo, foi necessário um avanço tecnológico para gravar as cenas debaixo d'água e na captura de movimento.

    Um dos problemas de Avatar 2 foi resolvido com bolas de pingue-pongue

    Disney

    Quando se trabalha em cenas com um forte componente aquático presente, um dos obstáculos mais comuns que um diretor de fotografia pode encontrar na produção é a refração – fenômeno físico descrito como a mudança de direção que uma onda experimenta ao passar de um meio material para outro quando atinge a superfície que separa os dois meios obliquamente, que devem ter índices de refração diferentes.

    Para iluminar as diversas cenas capturadas debaixo d'água, o diretor de fotografia Russell Carpenter e sua equipe em O Caminho da Água projetaram holofotes na superfície da imensa piscina em que o filme foi rodado, com a intenção de simular a luz do sol. O problema surgiu quando os efeitos da refração apareceram, tornando a luz incontrolável. Longe de complexos aparelhos eletrônicos e investimentos milionários, a solução para o imprevisto foi simplesmente revestir a superfície da piscina com uma camada de uma espécie de bolas de pingue-pongue levemente translúcida. ISSO MESMO!

    Esses objetos permitiam controlar a luz proveniente dos focos, minimizando os efeitos da refração ao passar por eles, além de servirem como elemento difusor que suavizava a dureza da fonte. Por outro lado, as bolas eram um fator essencial para a segurança, possibilitando que os atores e a equipe de filmagem subissem à superfície a qualquer momento que considerassem necessário sem encontrar um obstáculo difícil de transpor.

    Isso prova que mesmo em produções gigantescas, a coisa mais insignificante pode acabar se tornando uma peça fundamental que nem todo o dinheiro do mundo poderia substituir.

    O Caminho da Água se passa mais de uma década após a primeira batalha de Pandora entre Na'vi e humanos, quando Jake Sully (Sam Worthington) vive pacificamente. Ele e Neytiri (Zoe Saldana) formaram uma família e fazem de tudo para ficarem juntos e manterem um ao outro seguros. No entanto, quando uma antiga ameaça ressurge, eles devem sair de casa e explorar outras regiões de Pandora, indo para o mar e fazendo pactos com outros povos, além de travar uma nova guerra perigosa contra os humanos.

    Avatar: O Caminho da Água
    Avatar: O Caminho da Água
    Data de lançamento 15 de dezembro de 2022 | 3h 12min
    Criador(es): James Cameron
    Com Sam Worthington, Zoe Saldana, Sigourney Weaver
    Imprensa
    3,2
    Usuários
    4,4
    Adorocinema
    4,5
    Assista agora em Disney +

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