O Exorcista, de William Friedkin, permanece mais do que nunca como um monumento de puro terror. Em uma história de possessão cuja aposta milenar se baseia, em última análise, na eterna luta entre as forças do Bem e as do Mal, o cineasta entregou uma experiência visceral verdadeiramente traumática para o público que o descobriu em salas escuras da época.
Na trama ambientada em Georgetown, em Washington, uma atriz vai gradativamente tomando consciência que a sua filha de doze anos está tendo um comportamento completamente assustador. Deste modo, ela pede ajuda a um padre, que também um psiquiatra, e este chega a conclusão de que a garota está possuída pelo demônio. Ele solicita então a ajuda de um segundo sacerdote, especialista em exorcismo, para tentar livrar a menina desta terrível possessão.
Posto isso, é fácil imaginar o trauma absoluto vivido por cerca de quarenta crianças de uma escola primária em Amsterdã, com idades entre 7 e 9 anos. Segundo informações do site de notícias holandês Bnnvara, um professor substituto da escola obrigou as crianças sob seus cuidados, durante o intervalo do almoço, a assistirem a filmes proibidos para menores de 16 anos, incluindo O Exorcista e Distrito 9.
O pai de uma aluna, cujo depoimento é relatado pelo site, conta que as crianças fugiram gritando pelos corredores da escola, aos prantos, logicamente apavoradas. Outras crianças queixavam-se de pesadelos e alguns até mesmo se recusaram a voltar para a escola.
Geralmente, no intervalo do almoço, são exibidos filmes educativos para as crianças dessa escola. Perfeitamente sádico, esse animador antecipou bem seu golpe: ele também planejou assistir A Pantera Cor-de-Rosa, para estar pronto para mudar de canal caso sua sessão de tortura fosse interrompida.
Além do mais, ele fez as crianças manterem em segredo os filmes que eles foram obrigados a assistir. A pessoa em questão foi demitida, e os procedimentos legais foram abertos.