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    Lady Chatterley
    Críticas AdoroCinema
    2,0
    Fraco
    Lady Chatterley

    NO RITMO DO CAMPO

    por Roberto Cunha

    Esta teria tudo para ser mais uma história baseada no romance de D.H. Lawrence (de 1955 para cá já foram realizados quatro longas), mas mesmo para quem já assistiu uma das obras anteriores não chega a ser uma perda total de tempo. Perde-se o impacto, claro, mas é uma obra até certo ponto bem executada e tem lá seu encanto. A fotografia é belíssima e foi bem usada para pontuar a passagem de tempo através das estações do ano. O som é forte e, em alguns momentos, o barulho dos passarinhos no campo chega a incomodar de tão presente e repetitivo. Acredite.

    O filme é lento e a edição muito fraca. Abusam de cortes secos. Chamou a atenção também a indefinição quanto a narrativa que ora se dava através de legendas, ora passava para uma voz feminina em off e depois voltava para as legendas. Ficou estranho e atrapalhou o resultado final. A seqüência do álbum, por exemplo, está perdida no filme. Reza a lenda que o premiado diretor Pascale Ferran dedicou cerca de seis semanas de ensaio intenso, para que a dupla de protagonistas pudesse se ambientar com seus personagens e as cenas mais explícitas. As cenas de sexo são contidas, mas sinceras e bonitas. E com uma relativa dose de sensualidade e brejeirice por conta da beleza singular da atriz Marina Hinds no papel de Constance Chatterley. 

    Jean-Louis Coullo'ch (Parkin) cumpre bem o papel de guarda-caça do marido traído e milionário. O nu não é tão econômico assim (tem closes) e com direito a comentário hilário da "lady" sobre o membro masculino quando fora de combate: "está pequenino como um broto", disse ela. O filme ganharia muito se tivesse sua duração encurtada (são mais de duas horas de duração) e uma edição um pouco mais atual.

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    Comentários

    • Ivan
      que crítico é este que diz que a direção é de um homem ???? Acorda Roberto ! Pascale é uma m u l h e r .
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