Não se poderia esperar grande coisa de um filme que foi baseado num jogo de playstation. Nesse sentido, "SILENT HILL" promete e cumpre: é ruim do primeiro ao último fotograma. A história é a seguinte: Sharon (Jodelle Ferland) é uma criança adotada que tem episódios de sonambulismo. E toda vez qur isso sucede ela cita o nome Silent Hill. Os pais da menina, Rose (Radha Mitchell) e Chris (Sean Bean) tentam todo tipo de ajuda, porém, nada parece funcionar. É aí que Rose decide levar Sharon para conhecer a cidade-fantasma de Silent Hill, em West Virginia. A cidade foi destruída por um incêndio há vários anos. Logo ao chegar em "SILENT HILL", Sharon desaparece. Toda o restante da trama resume-se a Rose procurar desesperadamente sua filha. No caminho se colocarão crianças carbonizadas, extra-terrestres pra lá de bizarros, um emissário de mefistófeles com um treco na cabeça que eu não pude concluir se tratava-se de uma lareira ou de um mosaico de tijolos, para culminar, no final, com uma comunidade religiosa fanática que mandava os hereges para a fogueira. Pus-me a imaginar quais as razões que um diretor francês (é senso comum que os franceses não apreciem videogames, muito menos filme baseados nestes) como Christophe Gans a dispender 5 anos planejando o projeto. O mais grave é que o diretor parece querer mostrar um lado mitológico no filme (vide as inscrições religiosas sempre presentes ou a figura da menina que sofreu todo tipo de sortilégio e maus-tratos, tornando-se num ser enraivecido e simbólico do mal), o que é um absurdo dantesco. No final o público torce é para que o filme acabe com Rose achando Sharon ou não. Pouco importa.