O ator principal, Paul Newman, e o diretor Sydney Pollack foram ambos chefs gourmet e concordaram em iniciar uma competição culinária ao longo das filmagens com Sally Field como o juíza. No início, todos adoraram a disputa, mas com o passar dos dias Sally ficou cansada de comer refeições gourmet e usou seus poderes de julgamento para encerrar a competição com hambúrgueres e omeletes em lanchonetes locais.
Esse filme marca o primeiro roteiro do escritor e ex-repórter Kurt Luedtke. Ele fazia parte de uma equipe vencedora do Prêmio Pulitzer que trabalhava em um jornal de Detroit. Luedtke, um jornalista veterano, escreveu o personagem de Michael Gallagher (Paul Newman), o protagonista deste filme, com base no filho de um gangster real de Detroit. O suposto gângster foi julgado e condenado por extorsão relacionada ao trabalho. No seu novo julgamento, os jurados potenciais foram perguntados se eles tinham visto este filme, a fim de determinar se eles seriam prejudicados em sua avaliação das provas. Em última análise, o homem e seu parceiro foram condenados e enviados para a cadeia.
Este foi o último filme de Luther Adler.
O nome do barco antigo de Michael Gallagher (Paul Newman) era o "Rum Runner" do Porto de Miami, Flórida. O nome do navio evoca a profissão do pai mafioso do personagem (isto é, a expressão em inglês significa o tráfico ilegal de álcool).
De acordo com Frank DiGiacomo, Paul Newman afirmou que este longa era um "ataque direto ao 'New York Post', porque o jornal já tinha publicado uma legenda imprecisa para uma foto dele, uma briga começou e o NY Post parou de mencionar o nome do ator em suas publicações.
De acordo com o escritor Kurt Luedtke no DVD "The Story Behind ABSENCE OF MALICE", a história do filme foi inspirada pelo caso legal da lei de mídia de Times v Sullivan [i.e. The New York Times Co. v. Sullivan, 376 U.S. 254 (1964)]. Luedtke resumiu este caso dizendo que as leis americanas de difamação, devido a este caso precedente, indicam que a verdade nem sempre é necessária ao jornalismo em situações envolvendo figuras públicas. Como tal, um jornal pode efetivamente cometer um erro grave e ferir uma figura pública e este último não pode sempre recolher danos para ele.
Davidek (John Harkins), personagem advogado do jornal, explica a relevância do nome do filme ser "Ausência de Malícia", já que o título é um termo legal relativo à difamação que significa "sem a intenção ou desejo de causar dor ou dano a outro (sem justificação legal)". Como se ao difamarem alguém, os jornais não tivessem a intenção de causar danos à vítima.
Este filme foi muitas vezes considerado como tendo uma temática exatamente oposta a de “Todos os Homens do Presidente” (1976).
Na mesma época em que o longa foi lançado nos cinemas, o ator principal Paul Newman disse: "Eu diria que 90% do que os povos lêem sobre mim nos jornais são falsos.Noventa por cento é lixo. Histórias sensacionais são esperadas de repórteres todas as noites da semana para manter os narizes dos seus leitores enterrados nas páginas, e, bem, você me diz. Se nada está acontecendo, o que você faz? Bem, em seu caso, eles inventam.”
O filme ganhou uma Menção Honrosa no 32º Festival Internacional de Cinema de Berlim.
Sydney Pollack originalmente queria Al Pacino estrela como Michael Gallagher. Inclusive, o ator chegou a entrar no elenco, mas depois desistiu.
O filme foi nomeado para três prêmios da Academia, mas não conseguiu ganhar nenhum.
O filme juntou os atores Josef Sommer, Bob Balaban e Melinda Dillon, que tinham aparecido juntos em “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” (1977) quatro anos antes.
O nome do jornal no filme é "The Miami Standard".
Este grande filme foi filmado inteiramente em Miami, na Flórida, EUA, durante o inverno de 1980-1981.
Esse foi a segunda de três colaborações do ator Wilford Brimley e diretor Sydney Pollack. Os filmes são "A Firma" (1993), "Ausência de Malícia" (1981) e "O Cavaleiro Elétrico" (1979).
Diane Keaton recusou o papel de Megan Carter, que no final foi interpretada pela atriz Sally Field.
Exceto pela sequência culminante de quinze minutos de duração, o filme foi gravado inteiramente em restaurantes e bares funcionando, bancos e edifícios governamentais de Miami, na Flórida. Algumas das locações foram ornamentadas com aparatos de cenografia para representar outros espaços. Um enorme armazém na Baía de Biscayne tornou-se convincentemente "Gallagher Imports", enquanto de um modo semelhante a parte de trás do Flagship National Bank na Avenida Brickell se tornou a frente dos estúdios fictícios de "Miami Standard" em virtude de algumas letras góticas temporariamente pintadas.
O diretor do filme, Sydney Pollack, era conhecido por fazer várias filmes com o ator Robert Redford. Paul Newman e Redford fizeram o famoso "Butch Cassidy" (1969), mas "Ausência de Malícia" (1981) foi o único filme que Newman e Pollock fizeram juntos.
O escritório da vida real 'Miami Herald' se tornou o ficcional "Miami Standard" no longa.
Diretor Sydney Pollack criou muitas vezes situações desafiadoras para personagens complexos, exibindo uma simpatia genuína por suas fragilidades. Interessado em polaridades e extremos, os filmes de Pollack traziam indivíduos que lutavam contra seu destino. Pollack disse sobre isso: "É uma maneira de discutir de que lado estou, o que é, finalmente, a parte mais interessante da criação de filmes para mim".