Argylle, infelizmente, falha em provocar qualquer reação emocional no espectador durante sua exibição. Desde o início, o filme não consegue prender a atenção, deixando o público indiferente ao desfecho, já direcionando seus pensamentos para outras questões, sem tempo para reflexão ou assimilação do conteúdo visualizado.
Inicialmente, o filme apresenta uma promissora atmosfera de espionagem, com Henry Cavill e John Cena cativando o público, embora logo sejam obscurecidos por cenas de baixa qualidade em termos de efeitos visuais. Argylle exemplifica como uma produção pode ser prejudicada por deficiências visuais que comprometem a experiência do espectador.
A narrativa de Argylle transmite a sensação de ter sido concebida e executada de forma tão mecânica que não consegue estabelecer uma conexão significativa com o público, seja devido aos efeitos visuais deficientes ou à trama insossa, que almeja ser intricada, mas acaba por parecer simplista.
Em determinado momento do filme, surge a dúvida se a proposta seria adotar uma abordagem cômica total, levando-nos a questionar se o equívoco seria interpretar Argylle de forma séria. A recepção negativa do público e o insucesso comercial evidenciam-se como consequências desse desencontro entre expectativas e execução, solidificando-o como um dos grandes fracassos cinematográficos do ano.