Média
3,4
21 notas
Você assistiu Macabro ?

3 Críticas do usuário

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2,0
Enviada em 7 de agosto de 2020
(Insta: @cinemacrica): É pertinente pontuar que o derramamento de sangue não implica numa obra pertencente ao Terror. Esse preconceito está equivocadamente presente em "Macabro", pois não são raras as referências e rótulos que façam essa associação. O fato é que o longa do diretor Marcos Prado retrata o caso real de dois irmãos acusados de assassinarem e abusarem sexualmente dos cadáveres das vítimas na região serrana do Rio de Janeiro. Se existe algo que remeta ao ocultismo ou sobrenatural, é a inclinação religiosa da família dos suspeitos, nada além disso.
Mesmo assimilando a possibilidade de que o campo a ser explorado resida no Thriller ao invés do Terror, deve-se conviver com a proposta de que a imersão no caso relega-se a segundo plano onde o destaque é o drama de redenção do protagonista. Téo, sargento encarregado da investigação, traz consigo um legado amargo que transita entre fatalidades no exercício da profissão e deslizes pessoais. Portanto, o filme claramente não tem a pretensão de abordar o Terror, mas não se apropria nem da imersão no Suspense nem do compadecimento sincero do polêmico oficial.
A opção por não se entregar ao Thriller não é um equívoco, a problemática, entretanto, se torna presente quando investe-se nessa frente de forma relapsa. "Macabro" tem a pretensão de ser psicologicamente denso, mas a dispersão oferecida pela via dramática toma tempo e não permite que essa natureza de envolvimento ganhe corpo. Se sua expectativa é imergir num Suspense denso esse não é o seu filme. Do outro lado, o drama pessoal que poderia criar algum grau de diferenciação abusa de uma empatia forçada e inserção de excessivos elementos virtuosos sobre o protagonista.
Assuntos paralelos que poderiam dar corpo à trama não são aproveitados em suas plenitudes. Pouco se fala da relação familiar dos irmãos assassinos e os pais, assim como é um "corpo estranho" a contribuição narrativa do padre daquela comunidade. Sem se destacar nos gêneros pelos quais transita, é uma opção válida, mas não surpreendente.
5,0
Enviada em 8 de junho de 2020
muito bom! Baseado em fatos reais. Fotografia linda. Foi gravado em Nova Friburgo. Após a pandemia pretendo visitá-la
5,0
Enviada em 5 de agosto de 2025
Inspirado no caso verídico dos irmãos necrófilos de Nova Friburgo, o roteiro caminha com precisão cirúrgica entre realidade e ficção, criando uma trama que não apenas nos aproxima do horror dos crimes, mas também nos convida a refletir sobre temas como preconceito, justiça e a tênue linha entre sanidade e brutalidade.

O cenário sombrio é um dos grandes trunfos do filme. A fotografia é opressiva, sufocante e belíssima — cada plano parece cuidadosamente pensado para reforçar o clima macabro e decadente da história. As locações em meio à mata fechada, as vilas encharcadas de tensão e os interiores escuros compõem um universo quase onírico de puro terror psicológico. A natureza torna-se cúmplice do horror, silenciosa, misteriosa, como se o mal estivesse entranhado na terra, nas árvores, no ar denso que paira sobre cada cena. Há algo de poético e brutal no modo como o filme conduz o espectador pela escuridão — não com sustos baratos, mas com a força do desconforto real, da dor humana e da maldade possível.
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