O que acontece quando você junta a ficção e filosofia de Blade Runner, a psiqué e violência de O Coringa e o terror e suspense de O Bebê de Rosemary? Você tem uma obra TITANIcamente magnífica!
Aqui temos uma verdadeira aula de direção e filmagem, cada cena pausada é um wallpaper diferente. E o que dizer da trilha sonora? É feita com tamanho esmero, que um simples efeito sonoro nos revira o estômago e nos faz desviar o olhar de certas cenas. A trilha musical nos leva para a atmosfera do lugar em voga e nos faz bailar junto com as personagens.
As atuações são de total entrega, especiamente pela atriz de Alexia, nossa protagonista caótica, que leva essa dedicação a um patamar de maior devoção, tal qual Joaquim Phoenix ou Christian Bale.
A trama pode parecer um tanto confusa, mas possui uma mensagem muito interessante sobre a relação entre displicência emocional familiar e o desvio de conduta, o machismo estrutural, a humanização e devoção aos objetos e a coisificação do ser, a completude ou não de uma mulher na maternidade, e finitas questões psicológicas (objetos transitórios, ambivalência afetiva e etc) que eu passaria éons listando.
Recomendo fortemente!