Um homem viaja de Londres à Índia. Depois pega um táxi, sai do táxi, aluga um carro, dirige o veículo durante dias. Ele para, compra uma arma, compra um lanche, dorme num hotel, treina tiros à beira da estrada, dirige mais um pouco, avista uma mulher, faz perguntas, volta ao hotel, retorna ao encontro da mulher. O Convidado se apresenta como um curioso filme de procedimentos. O diretor e roteirista Michael Winterbottom sabe que poderia pular a maioria dessas etapas num simples corte de montagem e “ir ao que interessa”. No entanto, é isso que desperta a atenção o cineasta: a suspensão das explicações, o desenvolvimento ao vivo de um plano cuja origem e objetivo o público desconhece.Neste sentido, temos um projeto bastante clássico em mãos no qual, ao invés de apresentar o personagem para então lançá-lo numa aventura, aposta-se na capacidade de dedução do personagem durante a aventura. Que
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