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    A Vilã
    Críticas AdoroCinema
    3,0
    Legal
    A Vilã

    Ação de primeira, drama de segunda

    por Lucas Salgado

    A Vilã é dois filmes em um só. Um muito bom, outro muito irregular. Com isso, a experiência final é prejudicada, mas ainda conta com momentos realmente especiais, principalmente quando falamos de ação. Esta é justamente a parte que funciona da produção. A obra traz sequências eletrizantes de ação, marcadas por muito sangue e por uma bela coreografia de combates.

    Neste sentido, o filme remete a outros sucessos do cinema asiático, como Operação Invasão e Old Boy, embora sem a mesma qualidade de roteiro. E é aí que se encontra o lado ruim da produção. O roteiro conta com uma barriga melodramática enorme e má desenvolvida, que quebra o ritmo e insiste em um desenvolvimento de personagens que não interessa ao espectador, que está mais envolvido com as cabeças rolando ao longo da história.

    É claro que não há nada de errado em se desenvolver personagens, mas aqui o texto claramente derrapa e perde o controle, criando uma série de reviravoltas dramáticas que funcionam muito pouco.

    Após ver o pai ser assassinado, Sook-hee (Ok-bin Kim) é treinada para ser uma assassina. Após deixar uma pilha de corpos em um ato de vingança, ela acaba capturada e tem sua vida literalmente apagada. Grávida, ela é obrigada a trabalhar para uma agência de assassinatos, com a promessa de que em dez anos será libertada para ter uma vida comum. Após ser "devolvida" ao mundo real, já com a filha nascida, Sook-hee verá a carreira de assassina bater de frente com elementos de seu passado, o que abalaram sua rotina e realidade.

    Com referências claras à obras como Nikita - Criada Para Matar e Kill BillA Vilã é realmente especial como filme de ação. Toda sequência inicial é feita com a câmera em primeira pessoa, o que causa uma sensação estranha, como se estivéssemos em um game, mas é ao mesmo tempo bem original. A forma como o longa usa para quebrar este formato também é bem interessante.

    O filme tenta brincar com um jogo de cores, destacando, por exemplo, a cor da gravata que a protagonista presenteou uma pessoa importante no passado, mas, ao final, o que funciona mesmo é o vermelho do sangue, que muitas vezes parece chover em cena.

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