Dois homens deitados numa cama, nus. Eles falam sobre o mar, a vida. Percebe-se que estavam juntos, fizeram sexo, mas nenhum deles pretende ter um envolvimento mais profundo. “Somos amigos”, concordam. Tamanha leveza neste debate poderia ser considerada uma afronta à moral e os bons costumes. No entanto, Corpo Elétrico conduz seus personagens com a naturalidade de quem evita julgamentos e conhece este universo de perto.
Estamos falando de um grupo jovem, paulistano, de classe média-baixa, aberto a novas configurações de sexualidade e gênero. Trata-se de um ambiente livre de amarras a instituições sociais: nenhum personagem é particularmente próximo das famílias, de alguma religião, de partidos políticos, de uma equipe esportiva. A união se faz pelas amizades, despretensiosas e ao mesmo tempo duradouras, entre Elias () e os colegas de uma confecção de roupas. Dia após dia, eles saem de s
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