desejo vs. responsabilidade
“O que você está disposto a sacrificar por aquilo que mais deseja?”
Sam Raimi, fez um bom trabalho neste filme, trazendo o seu toque "terror" no filme, obviamente dentro do que dava para fazer sem ultrapassar a classificação indicativa que claramente era algo que a Marvel não queria. Porém ele conseguiu deixar sua marca com seus elementos visuais, câmera subjetiva e cortes que deixam certos momentos "sombrio" para o espectador que esta vendo.
Outro ponto a trazer é sobre o CGI, foi um show de efeitos especiais um atrás do outro, o que já era esperado se tratando do filme do Dr. Estranho, ainda mais quando se diz sobre o multiverso, e ao meu ver eles trouxeram isso sem excesso, e de uma maneira muito bem feita mesmo.
Mas agora falando do filme.
Apesar do filme carregar o titulo "Multiverso" não tivemos uma exploração tão grande, e não, tempo de tela não significa explorar tal ato, teve uma ponta aqui, outra ali, mas nada muito uau que valeu levar o termo para o titulo. Foi mais uma coisa "aventura de realidades"
Dr. Estranho é confrontado com a ideia de que, em todos os universos, ele tende a assumir o controle e fazer escolhas arriscadas “pelo bem maior”
E o conflito de Wanda é guiado por um desejo profundamente humano: reaver os filhos que ela perdeu em WandaVision.
Mas ela está disposta a destruir universos inteiros e matar outras versões de si mesma para conseguir isso. O amor vira obsessão.
E em relação a América, é importante para o enredo mas é usada como "Ferramenta narrativa" o arco dela gira em controle e autoconfiança, a Marvel não explorou a personagem como deveria, mas é compreensível levando em conta que o filme possui mais de 2h e já traz o arco da Wanda como principal narrativa na história, o filme parece querer marcar um ponto de representatividade, mas sem dar tempo de explorar sua identidade, origem ou profundidade emocional. Ela vira mais “a garota que abre portais” do que uma figura com vontade própria. Além de que, o filme é do doutor estranho, mas fala mais sobre a Wanda do que o próprio Doutor, mesmo ele tendo um papel importante, descobrindo mais sobre o multiverso e sobre o darkhold e claro, sempre tentando ceder as coisas por conta do seu ego inflado, a Wanda leva mais o papel por qual o espectador mais se interessa do decorrer de todo o filme.
No fim, é um filme que entrega o que promete: uma aventura visualmente impactante, com uma história emocionalmente carregada (na visão da Wanda) e que conecta passado, presente e futuro do UCM. Pode não ser uma obra-prima, mas é eficiente e relevante.