Sandy Wexler (Adam Sandler) é um agente que se empenha em promover seus clientes a todo custo, mesmo que eles sejam bem diferentes do convencional. Sua rotina habitual sofre mudanças quando ele conhece a talentosa Courtney Clarke (Jennifer Hudson), cantora que possui uma voz característica de estrela. Decidido a promovê-la, o sucesso repentino traz consigo problemas na vida de ambos, tanto afetivos quanto profissionais, cabendo a eles lidar com todas as dificuldades inerentes à fama.
Muitos torcem o nariz para o ator Adam Sandler e suas produções raramente recheadas de algum conteúdo intelectual, mas o que se percebe no histórico do artista e se repete neste é a capacidade de investir em fórmulas variadas ao longo de sua carreira. SANDY WEXLER possui os típicos elementos de romance não correspondido em que tudo termina bem, como em um conto de fadas. A diferença aqui é a forma como a história é contada, misturando um grande número de elementos da cultura do cinema e da música, muitos deles como easter eggs, além claro, das boas canções protagonizadas pela bela voz de Jennifer Hudson.
A turma habitual de Sandler, incluindo Kevin James, Terry Crews, Rob Schneider, Luis Guzmán e cia fazem suas aparições de praxe para prover entretenimento... e até diverte na medida do possível. Talvez os maiores problemas desta terceira produção capitaneada pela Netflix seja a longa duração (mais de 2h é tenso) e a voz forçada e exacerbadamente abobalhada de Sandler, mais atrapalhando do que fragilizando o personagem. No final das contas, o longa é mais voltado para quem não torce o nariz para o histórico de Adam Sandler e consegue aproveitar suas histórias simples com alguma mensagem relevante implícita.