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Quando eu vi as artes conceituais e trailer do novo Power Rangers nada me apeteceu, principalmente o “novo jeito” de morfar e toda aquela estilização visual moranguinho vindoura de uma década escassa da criatividade, onde os diretores enfiam efeitos especiais em tudo e quase nada prático, palpável, perdendo aquela magia do cinema de obras como Star Wars, História sem Fim, Labirinto e dos próprios Power Rangers. Ainda sim a nostalgia ficou me cutucando por dias, eu sentia que não podia deixar de assistir este novo filme, mesmo torcendo o nariz para o que acabei de falar, sim virei adulto… e chato! Confiram a “rezenha” crítica de Power Rangers.
A intenção deste novo filme é uma repaginada na franquia e conquistar novos fãs, voltado principalmente a um público infanto-juvenil, esqueceram-se de seus principais fãs, que na época eram crianças mas hoje (assim como eu!) tornaram-se adultos. E isso não é ruim, estão corretíssimos, afinal são estas histórias que brincam com a imaginação das crianças e as fazem querer tornar-se aquilo que não são. E outra, é bom ter uma referência heroica fora da bolha Marvel/DC, ninguém aguenta mais, com exceção de seus próprios “fan boys”.
Power Rangers traz à tona a origem de toda a história, explicando muita coisa que inclusive eu desconhecia. E vai por este caminho por mais da metade do filme o que para mim incomodou demais, deixou o filme muito “malhação” cheio de problemáticas adolescentes que nem eram tão sérias assim, puxando um climão “Clube dos Cinco”, a diferença que Clube dos Cinco emociona, ali não obtém o mesmo sucesso, pelo contrário, fica forçado demais.
Poderiam ter encurtado os atritos, apresentações dos personagens e treinamento que passam para tornarem-se Power Rangers. Não pela enrolação apenas, mas é que a ansiedade e nostalgia clamavam pela ação e queriam ver aquela molecada morfada saindo no soco com a Rita Repulsa e seus vassalos. Mas é compreensível a intenção dos roteiristas e direção, então passa!
A partir da metade do filme ele dá um salto de qualidade, onde começa a ação de verdade sem aquele drama e peso desnecessário que cada personagem carrega desde o início. Os efeitos sonoros das lutas são muito bem feitos, o grave das caixas tremulava tudo na sala, gostei. Os efeitos visuais e sequências de ação muito caprichados e de bom gosto, bem ao estilo Transformers. E falando nisso, existe um momento bem cômico onde o Ranger Vermelho joga um Bumblebee nos vilões, raxei!
Ponto para a interpretação da atriz que faz a Rita Repulsa (Elizabeth Banks), porque precisava ser algo bem caricato, e ela conseguiu sobressair-se diante de todos com qualidade, infelizmente nosso eterno Walter White na pele (ou espectro?) de Zordon (Bryan Cranston), já não estava na mesma “vibe”, era nítido o saco cheio dele interpretando Zordon, pareciar estar ali só ganhando dinheiro. Os atores que fazem os Rangers não influenciaram, nem negativamente e nem positivamente, com exceção do ator que faz o Ranger Azul (RJ Cyler), achei que ele incorporou muito bem o personagem e a proposta, trazendo um pouco de comédia com seus trejeitos, emoção e drama “verdadeiros” que tanto os roteiristas quiseram forçar na primeira metade.
Existem dois momentos que farão os fãs ou saudosistas chorarem:
O primeiro é quando os Power Rangers saem da base com os seus Zords ao grito do simpático Alpha (que me deixou puto com sua digitalização, PORRA hoje temos tecnologia para fazer um robozinho de verdade e simpático, vide o BB8 de star Wars e nego por preguiça faz estas cagadas!) GO POWER RANGES, e começa a tocar a clássica música, arrepiou aquilo, muito foda!
O segundo é no final e quase ninguém percebeu, mas eu já tinha lido então não vale. O eterno e polivalente Tommy e a primeira Kimberly aparecem tirando fotos do MegaZord, muito legal a “homenagem”.
Um bom filme sessão pipoca. Tem seus pontos baixos, mas os altos equilibram a coisa.
Minha nota é 3/5.