Apesar de Corbet haver exagerado um pouco no clima nebuloso, conseguiu uma realização digna de aplausos. Afinal uma metáfora do nascimento do Fascismo exige pouca iluminação, uma paleta de cores com tons ocres, música que beira trilhas de filmes de terror. Tom Sweet, que faz o menino, dá um show de interpretação com atitudes e olhares que antecipam o líder fascista do futuro. Mais uma vantagem: Robert Pattinson aparece muito pouco. Coisa de cinco ou seis minutos, tempo que usa para repetir a mesma atuação inexpressiva de "Batman, 2022". Embora não seja um filme inesquecível, vale muito a pena ser visto.