Brilho "Artificial".
A Disney não se cansa de reviver suas obras ou mesmo aproveitá-las usando uma vertente narrativa diferenciada. No caso de algumas produções como o caso de Mogli, a obra de Rudyard Kipling volta às telas para exaltar as evoluções tecnológicas, mas ainda sim diverte.
Mogli (Neel Sethi) é um garoto que, após perder seus pais na selva, passa a ser criado por uma alcateia que o considera como filho e irmão. Como humano legítimo, ele passa a ter sua presença questionada pelo ranzinza e feroz tigre Shere Khan, um animal que se coloca contrário à presença de alguém que, após chegar a vida adulta, poderá levar o fim dos animais com quem convive.
Sem muitas alternativas, Bagheera, a pantera que encontrou o garoto, decide levá-lo de volta a aldeia de humanos por temer seu futuro entre os animais. É nesse caminho que Mogli encontra o divertido urso Baloo, um preguiçoso que só fala em hibernar e comer, mas ainda sim resulta em uma carismática amizade que nos levará a momentos repletos de aventura.
Após serem apresentados ao expectador que conhecia ou não seus personagens, o filme se esforça ainda mais para nos manter atentos à impressionante qualidade visual de seus ambientes e animais. Há uma competência aos detalhes presentes na floresta, desde folhas, árvores, construções e iluminação que chegam ao fotorrealismo pleno. Isso sem deixar de falar na composição dos animais com seu pêlos, movimentos, olhares que representam uma evolução superlativa no que tange o CG em produções dessa natureza, é de cair o queixo.
Em linhas gerais, MOGLI - O MENINO LOBO reproduz o que já fora visto na animação de décadas atras, mantendo inclusive o carisma dos animais e o aspecto aventureiro de outrora. A simpatia do pequeno ator Neel Sethi contribui bastante para o resultado da produção que, aliada ao realismo sentimental dos animais, nos mantém na torcida pelo bem estar de todos que defendem o protagonista.