ATENÇÃO, A CRÍTICA CONTÉM SPOILERS SOBRE O ENREDO. SE VOCÊ NÃO ASSISTIU AO FILME E PRETENDE ASSISTIR, CONSIDERE ISSO ANTES DE LER.
O filme é excelente e hilário. Contém profundas critícas políticas, que parecem ter passado despercebidas à maioria da crítica brasileira, rasa demais para perceber. Por exemplo, quando Aladeen toma o controle da Quitanda e pendura um quadro da Zoey, ilustrando o que se passa em grande parte das ditaduras: o "ditador" é um fantoche e quem comanda de fato são os artífices que estão por trás. O Ditador ri da Direita (o torturador americano estereotipado) e da Esquerda, (a Zoey dizendo que a porto-riquenha deficiente é muito útil para a quitanda), ri de ditaduras (o chinês) e de democracias (o discurso na ONU comparando os EUA a uma ditadura), ri da imprensa como na hilária cena em que o jornal noticia a prisão do "Said Ademergencia". Raríssimo exemplo de comédia escrachada com conteúdo. Filme para poucos.