Ontem, depois de quinze filmes vistos na película grande, eis que chegou a primeira animação! E não qualquer uma, a aguardada O Pequeno Príncipe. E aqui vou fazer um adendo, foi meu primeiro livro que terminei de ler na adolescência por vontade própria, sem ser empurrado goela abaixo no Ensino Médio, e não que os livros goela abaixo não sejam necessários, muitos remédios amargos foram goela abaixo e hoje tu estás forte graças a eles, e eu, graças ao Pequeno Príncipe descobri outro caminho possível nas histórias, tanto é que foi um livro lido de cabo a rabo numa tarde, sentado na mesa da sala (lembro como hoje!) coisa que nunca mais consegui repetir infelizmente...
Outra coisa que vale a pena mencionar: escutar o idioma francês na narração ou em diálogos é tão, tão perfeito. Quem sabe, o idioma com a melhor sonoridade pra se ouvir. E fiquei feliz em saber que havia uma sessão legendada do Petit Prince disponível, então certamente que iria conferir a obra, ainda mais sabendo que tenho comigo outra fã do pequeno :)
A adaptação é muito boa, as inserções da pequena protagonista com o vizinho idoso são ótimas e a narrativa flui de maneira que você vai sendo levado, se angustiando, rindo e chorando com o desenrolar da trama. Mas realmente fiquei preso na história do principezinho. Seus diálogos com a rosa, sua fuga, seu andar por outros asteroides! Até chegar na raposa!!! aaaaah a raposa, que necessita ser cativada antes de mais nada. Enfim, que perfeita adaptação essa.
Queridos, é impossível no terceiro ato você não precisar tirar seus óculos 3D pra enxugar as lágrimas. Pensei que só eu ia abrir mão de alguns segundos de filme pra fazer isso, mas quando vi, tinha mais uns 4, 5 na mesma perspectiva que eu. E isso só me fez ver que por mais que fosse uma animação, em alguns pontos até infantil, como ela serve pra reflexões adultas de mão cheia. Aliás, acredito que embora a personagem principal seja uma criança, o filme é voltado para os adultos tentarem se lembrar do que realmente era importante quando você fazia sua ideia de futura pessoa e refletir no que você se tornou hoje.
Particularmente, eu aconselho muito você ir conferir essa obra. Se você leu o livro melhor, se não leu, se deixe levar e depois vá ler (por minha sorte comprei uma edição na feira do livro desse ano e já penso em reler)! E no fim das contas, não adianta nada você ter um planejamento de vida se o que é essencial e invisível aos olhos.