Avatar, o caminho da água
James Cameron repete a fórmula do sucesso
Para os entusiastas de Avatar, do exótico planeta Pandora e dos seus cativantes na’vi, a sequência é um prato cheio que vale pela nostalgia. Todos os elementos do longa de maior bilheteria da história são retomados. Para dizer a verdade, essa é a maior proeza de “Avatar, o caminho da água”, que encanta o público com uma boa história, apesar de não reservar grandes surpresas.
Tal como o título sugere, as cenas subaquáticas povoam grande parte do filme nas suas mais de 3 horas e meia de duração. Os efeitos estonteantes de um cenário marinho inexplorado no primeiro filme permitem ao diretor capturar a atenção do expectador, enquanto desenvolve uma história de poucas reviravoltas.
Mas não se engane, o filme não nos decepciona em nenhum momento, muito pelo contrário, o diretor se mostra muito consciente do que quer contar e sacia o público com a sutileza. A história é para ser assim, e como a água, flui lentamente e com suavidade.
Para um expectador atento, não escapa a repetição da receita do primeiro Avatar: o encanto das tradições e estilo de vida dos na’vi prepara o terreno para a luta contra os humanos invasores. A diferença é que no segundo filme o foco é familiar, e as intrigas são também diminuídas nesse aspecto.
O último longa de Cameron promete manter não só a qualidade, mas o alto padrão também é constante na bilheteria. Arrecadando 1 bilhão duas semanas após a estreia, o longa deve garantir lugar entre as maiores bilheterias e bater a arriscada meta do 1,5 bilhão necessário para a produção se pagar. Para a nossa sorte, enquanto o sucesso se confirma, podemos esperar a continuação de uma das franquias que já se consolida como uma das mais queridas do cinema.