Por ser um digno fã de Star Trek, o meu coração ‘trekiano’ contava os dias para a pré-estréia que se encontrava tão distante como a galáxia. Contudo, os anos se passaram, e enfim chegou a seqüência do ótimo reboot de 2009, assinado pelo grande J.J Abrams. E acompanhado da ansiedade, o temor de ser uma seqüência ruim também aumentava. Pois só por ser uma continuação, já é de assustar. Poucos foram os filmes que superaram o seu antecessor, e principalmente quando se fala de ação, em que tudo é mais exagerado, mais longo, mais demorado, e chato.
E ao terminar o filme, noto algo que J.J não soube controlar tanto. NÃO, não é o fato de ser uma continuação, pois ela entra na lista de todas as sequências que cumprem as expectativas. A ação está (obviamente) exagerada e tão longa que chegamos a rir (rir de alegria pela maneira bem executada). O erro não está nesses momentos ofegantes, o problema mesmo é o roteiro fugir um pouco da linha prometida. Pois possui diversas piadas que ficam desnecessárias tantas. Todos fazem graça em certos momentos, o que é ótimo, pois todos são explorados até mesmo no humor, contudo, tudo que é repentino vira um problema. Até a comedia constante dar um descanso, demora... Mas acontece! Pois os roteiristas sabem fazer uma boa estória, e o seu humor não iria atrapalhá-los. E com o tempo, o humor passa a ser melhor orquestrado.
Com esse humor adicionado a uma tensão tipica dos filmes do diretor e da série de TV, o filme flui com uma magnitude espetacular. Não é um Homem de Ferro 3 cheio de furos de roteiros, ou um Velozes e Furiosos 6 de ação bem masculina, é algo que atrai a todos os públicos com uma facilidade tremenda. Arrisco-me em dizer, que até mesmo os não fãs vão se surpreender. Talvez não captem algumas mensagens ou não entendam os motivos das cenas de ação serem longas, mas vão gostar. Pois ele equilibra muito bem os personagens com a trama, algo que poucos filmes possuem. O filme apresenta cada personagem do jeito que ele foi apresentado há décadas atrás, que é através de uma forma descontraída, divertida e empolgante. E a trama, possui um roteiro algumas vezes original, e outras influenciadas pelos outros filmes e episódios da serie, o que é excelente, pois faz essa mesclada dinâmica e diverte, o que é mérito dos roteiristas talentosos.
E com este roteiro exagerado, mas divertido, a exploração dos atores são muito bem comandadas. Elogios a todos, até os que só fazem graça, não é só o Simon... Atores como o Benedict Cumberbatc estão no nível superior em comparações diretas com outros vilões, sua atuação e sua voz são tão tocantes, que se ele contasse piadas ainda iriam ficar assustadoras, sua interpretação de fato, já nasceu clássica Ou então, Zachary Quinto, como Spock repetindo o seu Vida Longa e Prospera como se soubesse que sua atuação fosse tão lembrada quanto a sua despedida clássica. E para melhorar, seu tempo em tela ao lado do Chris Pine é mais divertido em relação ao filme anterior. O seu Dionísio e Apolo divertem tanto, que nem percebemos o tempo passar.
E com todos estes elementos positivos, ainda possui criticas sobre a política na ciência, um intervencionismo em nome da restauração da paz, invasões terroristas, e sobre a guerra que tantos sentem estar por vim em muitos lugares do mundo, no caso universo. E graciosamente, o filme se mantém na linha de continuações do nível excelente e até digo, melhores que o antecessor, ao lado de um roteiro cheio de explicações aos que não conhecem a serie clássica, e aos fãs que captaram várias referencias expostas pela tela grande, acompanhado de boas atuações, de uma produção competente trabalhando em efeitos e trilha sonora magnífica, e um 3D exagerado, mas emocionalmente insano, o que completa toda ideia de mostrar que o espaço é a fronteira final, dualizando com este filme que possui um caminho extenso de lembranças, assim como a serie de TV e os filmes anteriores.
Ao estrear o filme, assistam com um som poderoso, o vencedor do Oscar Michael Giacchino merece pelo seu trabalho grandioso, e com uma tela gigante acompanhado de um 3D eficiente, são pontos essenciais para a diversão.