Fui assistir A Garota Dinamarquesa com a expectativa de quem vai receber um prêmio: Nervosa e muito, muito feliz por antecipação. Há meses que esperava por esse dia, então, natural que eu fantasiasse um pouco e me imaginasse saindo do cinema carregada por paramédicos após um choque de beleza ou algo similar. Só que.
Imagine uma pessoa que tem um cabelo lindo, brilhoso e sedoso, mas que passa 365 dias por ano com esse cabelo preso, escondido... Acha um desperdício, não é? Pois então, foi exatamente o que eu senti quando terminei de assistir esse filme.
A vida de Elinar/Lili e Gerda Wegener tinha TUDO para dar um filme assombrosamente inesquecível. O FILME! Mas não. Fizeram um filme bonito, emocionante até certo ponto, mas com gosto de café com leite de casa. Acho que a parte mais “tchan” nisso tudo foi na escolha dos atores (não consigo imaginar outros que fizessem tão bem). Eu sou fã enlouquecida do Eddie Redmayne e a diva da Alicia Vikander, que até então eu só conhecia pelos filmes “O Agente da U.N.C.L.E” (Guy Ritchie) e “Ex-Machina – Instinto Artificial” (Alex Garland), me deixou com o queixo caído. Ela foi, sem sombra de dúvidas, a calda do sorvete, a farofa no jantar, enfim, ela tornou o filme de fato ~~especial~~.
Mas recomendo. Na verdade, super recomendo. Esse filme tem uma importância muito grande e traz a tona um tema ainda ridiculamente polêmico de forma suave e bonita. Assistam!