Quebras súbitas de linearidade com flashbacks sem efeitos de vinheta, "fade" ou similares são geniais (ou dignos do grande Sean Penn, se você, assim como eu, o admira). A história, além de ter o melhor argumento possível para um enredo de cinema (ser real, de fato), é comovente e bem construída levando o espectador à melhor forma de imersão - a atenção e a análise filosofico-psicologica do protagonista que, nas duas horas e meia de filme, se desenvolve de forma insultiva ao consenso geral desafiando o espectador sendo solene na conquista da sua admiração. Enfim, podem ser levantados vários pontos contra o próprio personagem, mas a cinematografia junta à história não encontra melhor casamento do que que nesta obra.